Os indicados ao Oscar foram anunciados (lista completa) e só tenho a dizer que não tiveram nenhum amor por Rush, nenhuma indicação, nem edição de som.
Her (Ela)
Num futuro próximo, numa Los Angeles que mais parece Xangai, toda em tons pastéis, todo mundo anda falando sozinho. É que não vai ter mais essa de ficar olhando para o celular, é um sistema operacional que fala tudo para você (lê as notícias, emails, mensagens, etc.). O aparelho se resume a uma camera para filmar com uma tela para ver fotos mais um fone de ouvido sem fio.
O Theodore (Joaquin Phoenix) compra um sistema operacional novo, que promete ser diferente, e o instala. Aí surge Samantha, nome que o próprio S.O. se deu porque achou bonito no meio de milhares de um livro de nomes de bebês. Samantha é inteligente, engraçada, solicita. Theodore e ela começam uma relação que para ele é muito boa. Antes ele era um recluso, ainda deprimido por causa de um divórcio, e com Samantha ele vai para o mundo.
Acontece que a Samantha se desenvolve muito rápido, ela pensa, ela busca alternativas, tem iniciativa, ela quer mais.
Eu gostei muito do filme, mas tenho uma observação: gente, e o figurino desse filme? Que calças são aquelas? Esse é o futuro da moda masculina?
Her levou Globo de Ouro de melhor roteiro para o Spike Jonze (que também dirigiu). Foi indicado ao Oscar de melhor filme, trilha sonora, música, roteiro original e desenho de produção.
A Tia Helô não é da época da inteligência artificial, essa coisa de uma pessoa (ou máquina) falando no seu ouvido faz todo mundo parecer meio esquizofrênico.... 418 "Ai, Jesus!" para Theo e Sam.
Dallas Buyer's Club
Esse filme é baseado na história real de Ron Woodward, um texano que, quando descobre ser portador do HIV e tem AIDS, é dado um mês de vida. Ron começa a buscar alternativas para seu tratamento além do que o hospital americano oferece e passa a ter um sobrevida (que durou 7 anos). Ele consegue remédios de outros países que não são aprovados pelo FDA (porque o lobby da indústria farmaceutica nos EUA é forte) e monta um clube onde por uma mensalidade os membros tem acesso aos remédios.
O Matthew McConaughey está incrível como Ron. Ele já tem o sotaque texano naturalmente, mas todo o resto foi muito bem trabalhado. E o Jared Leto na pele do transsexual Rayland? Palmas para os dois. (e os dois levaram seus Globos de Ouro merecidos para casa)
Esse filme é muito bom, mesmo com toda aquela estética anos 1980 e muita gente tossindo. Foi indicado ao Oscar de melhor filme, ator, ator coadjuvante, maquiagem, edição, e roteiro original.
Acho que a Tia Helô ia gostar do Ron, gente que faz, mas diria 589 "Ai, Jesus!" para aquelas fotos na parede.
Saving Mr. Banks
Aqui no brasil vai sair como "Walt nos bastidores de Mary Poppins" que retira toda a sutileza do título original, mas isso não é novidade.
Em Saving Mr. Banks a Emma Thompson (ótima) faz a autora australiana P.L. Travers que escreveu os livros da Mary Poppins. O Walt Disney (no filme feito pelo Tom Hanks) tentou durante 20 anos fazer com que ela cedesse os direitos para fazer o filme e ela sempre negava.
O filme começa no ponto em que ela vai para Los Angeles ver como está a pré-produção do filme e dar pitacos de como ela quer que seja e assim, talvez, assinar o papel que cede os direitos.
Ela é linha dura, duríssima. Não deixa passar nada que não seja do jeito dela e frustra principalmente os compositores (ela não queria que fosse um musical). Inclusive pede para que tudo que falam, criam e decidem na sala seja gravado (e fiquem até o fim do filme que tem um pedaço das gravações originais). Ela detestava animações e não queria de jeito nenhum que o filme tivesse, e nós sabemos que isso aconteceu de qualquer jeito. O Walt Disney tentava de todo jeito fazer suas vontades e impor o que ele queria (porque, vamos combinar, o Sr. Disney não era nenhum santo).
Paralelo aos acontecimentos de Los Angeles temos a infância da Sra. Travers na Australia e seu pai sonhador e alcoólatra.
Eu gosto muito do filme da Mary Poppins, assisti muitas vezes. Nunca li os livros.
A Tia Helo ia adorar a PL Travers linha dura. 21 "Ai, Jesus!" para a salvação do Mr. Banks.
Her (Ela)
Num futuro próximo, numa Los Angeles que mais parece Xangai, toda em tons pastéis, todo mundo anda falando sozinho. É que não vai ter mais essa de ficar olhando para o celular, é um sistema operacional que fala tudo para você (lê as notícias, emails, mensagens, etc.). O aparelho se resume a uma camera para filmar com uma tela para ver fotos mais um fone de ouvido sem fio.
O Theodore (Joaquin Phoenix) compra um sistema operacional novo, que promete ser diferente, e o instala. Aí surge Samantha, nome que o próprio S.O. se deu porque achou bonito no meio de milhares de um livro de nomes de bebês. Samantha é inteligente, engraçada, solicita. Theodore e ela começam uma relação que para ele é muito boa. Antes ele era um recluso, ainda deprimido por causa de um divórcio, e com Samantha ele vai para o mundo.
Acontece que a Samantha se desenvolve muito rápido, ela pensa, ela busca alternativas, tem iniciativa, ela quer mais.
Eu gostei muito do filme, mas tenho uma observação: gente, e o figurino desse filme? Que calças são aquelas? Esse é o futuro da moda masculina?
Her levou Globo de Ouro de melhor roteiro para o Spike Jonze (que também dirigiu). Foi indicado ao Oscar de melhor filme, trilha sonora, música, roteiro original e desenho de produção.
A Tia Helô não é da época da inteligência artificial, essa coisa de uma pessoa (ou máquina) falando no seu ouvido faz todo mundo parecer meio esquizofrênico.... 418 "Ai, Jesus!" para Theo e Sam.
Dallas Buyer's Club
Esse filme é baseado na história real de Ron Woodward, um texano que, quando descobre ser portador do HIV e tem AIDS, é dado um mês de vida. Ron começa a buscar alternativas para seu tratamento além do que o hospital americano oferece e passa a ter um sobrevida (que durou 7 anos). Ele consegue remédios de outros países que não são aprovados pelo FDA (porque o lobby da indústria farmaceutica nos EUA é forte) e monta um clube onde por uma mensalidade os membros tem acesso aos remédios.
O Matthew McConaughey está incrível como Ron. Ele já tem o sotaque texano naturalmente, mas todo o resto foi muito bem trabalhado. E o Jared Leto na pele do transsexual Rayland? Palmas para os dois. (e os dois levaram seus Globos de Ouro merecidos para casa)
Esse filme é muito bom, mesmo com toda aquela estética anos 1980 e muita gente tossindo. Foi indicado ao Oscar de melhor filme, ator, ator coadjuvante, maquiagem, edição, e roteiro original.
Acho que a Tia Helô ia gostar do Ron, gente que faz, mas diria 589 "Ai, Jesus!" para aquelas fotos na parede.
Saving Mr. Banks
Aqui no brasil vai sair como "Walt nos bastidores de Mary Poppins" que retira toda a sutileza do título original, mas isso não é novidade.
Em Saving Mr. Banks a Emma Thompson (ótima) faz a autora australiana P.L. Travers que escreveu os livros da Mary Poppins. O Walt Disney (no filme feito pelo Tom Hanks) tentou durante 20 anos fazer com que ela cedesse os direitos para fazer o filme e ela sempre negava.
O filme começa no ponto em que ela vai para Los Angeles ver como está a pré-produção do filme e dar pitacos de como ela quer que seja e assim, talvez, assinar o papel que cede os direitos.
Ela é linha dura, duríssima. Não deixa passar nada que não seja do jeito dela e frustra principalmente os compositores (ela não queria que fosse um musical). Inclusive pede para que tudo que falam, criam e decidem na sala seja gravado (e fiquem até o fim do filme que tem um pedaço das gravações originais). Ela detestava animações e não queria de jeito nenhum que o filme tivesse, e nós sabemos que isso aconteceu de qualquer jeito. O Walt Disney tentava de todo jeito fazer suas vontades e impor o que ele queria (porque, vamos combinar, o Sr. Disney não era nenhum santo).
Paralelo aos acontecimentos de Los Angeles temos a infância da Sra. Travers na Australia e seu pai sonhador e alcoólatra.
Eu gosto muito do filme da Mary Poppins, assisti muitas vezes. Nunca li os livros.
A Tia Helo ia adorar a PL Travers linha dura. 21 "Ai, Jesus!" para a salvação do Mr. Banks.
Este filme não é uma ingênua celebração da tecnologia, e sim uma reflexão profunda sobre todos os aspectos que ligam os homens à máquina, e à projeção que fazemos dos nossos amores na invisibilidade do meio virtual. Scarlett foi maravilhosa no filme, é uma atriz preciosa que geralmente triunfa nos seus filmes. Recém a vi em A Noite é Delas, inclusive a passarão em TV, sendo sincera eu acho que a sua atuação é extraordinário, em minha opinião é a atriz mais completa da sua geração, mas infelizmente não é reconhecida como se deve.
ResponderExcluirconcordo que é uma reflexão dos aspectos que ligam o homem a máquina. é quase um estudo da reação humana a uma inteligência artificial que se desenvolve partindo do próprio humano (que foi quem criou a tecnologia).
Excluirtambém gosto da scarlett johansson.