2.12.18

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Blackkklansman (Infiltrano na Klan)

Spike Lee andava sumido, pelo menos para mim. O último filme dele que vi foi a versão americana de Oldboy (o coreano é melhor) que é de 2013, antes disso foi o ótimo Inside Man de 2006.

Pelo trailer esse filme parece uma comédia meio pastelão. Não é. Tem muitos momentos engraçados e exagerados mas o assunto é sério e relevante, mesmo que tratado de forma mais, hum, leve. E é baseado numa história real.

Sim, o Ron Stallworth existe. E ele conseguiu ser membro da KKK.

Ron foi o primeiro policial negro na polícia de Colorado Springs e depois de um tempo arquivando fichas criminais ele foi parar no departamento de investigação porque precisavam de um negro para infiltrar numa palestra de estudantes.

Um dia, Ron vê um anuncio no jornal (sim, no jornal) para novos membros da KKK. Tipo "você quer fazer parte do nosso clube?". Ron liga para o número e começa uma conversa com o lider local dizendo que quer entrar para a KKK.

Acontece que Ron, por motivos óbvios, não poderia ir ao encontro da turminha e aí entra o policial Flip que é branco. Então temos dois Rons, o do telefone e o que vai pessoalmente.

O desenrolar dessa história chega a ser inacreditável, e achei divertido o jeito que a foi contada.

John David Washington está ótimo como Ron Stallworth e Adam Driver faz o Flip. A interação dos dois é ótima.

O elenco todo é muito bom. Imagino que não tenha sido fácil para os atores dizerem algumas falas.

Tia Helô iria achar aqueles encontros do grupinho um pouco suspeitos. 617 "Ai, Jesus!" para os capuzes com pontas.


The Ballad of Buster Scruggs

Um filme dos irmãos Coen.

São seis histórias que se passam no velho oeste americano e de alguma de um jeito ou de outro são sobre a morte. Porque a vida acaba em um instante e no velho oeste era matar ou morrer.

Gostei das seis histórias, mas a minha preferida foi a The Girl Who Got Rattled. Tem um cowboy que vale a pena.

Esse filme está na Netflix.

Tia Helô iria ficar horrorizada com o tanto de bala que esse pessoal do velho oeste gasta. 427 "Ai, Jesus!" para aquele cavalo do James Franco.


As Viúvas

Um roubo de dinheiro dá errado e os ladrões todos morrem na explosão do carro. Acontece que esse filme se passa em Chicago no meio de uma eleição para vereador e tem uma briga pelo poder do bairro.

De um lado está Jack Mulligan (Colin Farrell), herdeiro político de seu pai (feito pelo Robert Duvall) e do outro tem o Jamal Manning (Brian Tyree Henry) um mafioso do bairro que quer ganhar mais influência sendo político.

Os ladrões roubaram o dinheiro do Manning e ele vai cobrar a devolução (ou pagamento) de Veronica (Viola Davis), a viúva do lider do bando (Liam Neeson).

Veronica decide juntar as outras viúvas para fazer um roubo e se livrar de Manning.

As outras viúvas são: Michelle Rodriguez (a Ana Lucia de Lost) e a ótima Elizabeth Debicki (que deve ser a atriz mais alta de Hollywood). A elas se junta Belle (Cynthia Erivo) que não é viúva mas estava disponível para dirigir o carro.

É um filme de roubo diferente. É lento, toma todo seu tempo (as vezes muito tempo) até chegar na ação, que é bem feita.

As atuações são ótimas. Viola Davis passa por todas as emoções possíveis de forma contida, Elizabeth Debicki deveria estar em mais filmes (quero um filme dela com o Melhor Chris) e Michele Rodriguez sempre vai bem nesses papéis.

Acho que poderia ter alguns minutos a menos mas gostei.

A Tia Helô iria ficar passada como é que essas mulheres não sabiam das atividades dos maridos. 615 "Ai, Jesus!" para toda vez que o Jatemme Manning (Daniel Kaluuya) aparecia em cena, muito medo dele.


Searching

Um filme sobre o desaparecimento de uma adolescente e o desespero de seu pai para encontrá-la.

Só que.... é todo contado através da tela do computador usando interfaces dos programas. É como se fossemos stalkers vendo tudo que uma pessoa faz no seu computador. É uma forma diferente e criativa de contar uma história, e, de quebra, mostra como dependemos dessas máquinas e como mudou a forma de nos relacionarmos, com o mundo e entre si.

Tia Helô não sabia nada de computadores. 514 "Ai, Jesus!" para tantas abas abertas.

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