6.9.13

A semana no Rio (2)

Algumas fotos do meu instagram de mais uma semana carioca.

stand up em copacabana
um selfie no forte de copacabana
rolou um surf no leme 
skate na ciclovia de ipanema
uma voltinha em botafogo
a garça
cineminha na praia de copacabana
classic 
as orquideas na entrada do prédio
choveu
corridinha na praia com chuva

A foto a seguir tem historinha. Parei no quiosque perto da Pedra do Leme para fugir um pouco da chuva e um homeless veio papear: "adoro dia de chuva...a praia fica vazia...acho bonito.". "Também gosto." respondi. "A senhora não vai tirar uma foto?". "Já tirei.". "Deixa eu tirar uma sua?". "Ok.". Entreguei o telefone, ele disse para eu ir na areia e o resultado foi esse.

a foto tirada pelo homeless
o sol voltou e o garotinho foi ver os
surfistas
até os nadadores se animaram

4.9.13

Enquanto isso na ciclovia..

O Leme era bem servido de ônibus, sempre tinha um no ponto. Depois as vans tomaram conta do pedaço e os ônibus foram sumindo. As vans foram proibidas e os ônibus continuam sumidos, demoram para passar, as vezes passam dois juntos e se perder um, babau, outro só depois de uma hora ou mais. E aqui é ponto final. Até o ônibus que fazia integração com o metrô foi cancelado. Então para sair do bairro sem ficar esperando, e sem ser de taxi ou carro, só a pé ou de bicicleta.

Estou usando tanto o Bike Rio que já economizei uma boa grana em transporte público.

Pedalar nas ruas com os carros é super perigoso, só dá para ir por ruas menos movimentadas, mas a zona sul é bem servida de ciclovias.

Acontece que circular na ciclovia também tem seus momentos de aventura. A seguir os top 6 perigos de pedalar na ciclovia.

1- As pessoas que descem dos ônibus e vão direto para o meio da ciclovia. Tem que tocar a campainha, buzinar, whatever, mas a pessoa parece que desce meio perdida e as vezes só gritando resolve. É sempre bom manter o olho na rua para ver se algum ônibus vai parar. Já tive que frear bruscamente algumas vezes.
2- O pessoal do skate. Aqueles que andam em linha reta tudo bem, mas tem os que adoram ficar fazendo zig zag no meio da pista, e vamos combinar que ter controle total sobre o skate é difícil. Já vi um acidente na minha frente que o cara pulou fora do skate e ciclista não teve tempo de frear, passou por cima do skate e caiu.
3- Pessoas que andam na ciclovia. Eu sei que o calçadão é irregular, mas andar na ciclovia é perigoso. Quem corre não incomoda e geralmente é só tocar a campainha que saem do caminho, os pedestres não, te olham feio.
4- Os ciclistas que acham que estão na etapa carioca do Tour de France e precisam chegar em primeiro lugar.
5- Os ciclistas amigos/amantes que andam lado a lado. Fica difícil ultrapassar e é perigoso porque restringe o espaço de quem vem na direção contrária.
6- Os ciclistas que esquecem que a faixa de pedestre é prioridade e quando você para para alguém atravessar passam buzinando e xingando.

E sigo pedalando.

3.9.13

+ Filmes

The Bling Ring

A Sofia Coppola decidiu contar a história (real) dos adolescentes ricos que invadiam as casas de suas celebridades favoritas para ver o que tinha dentro, deitar nas camas, usar os quartos especiais e, de quebra, roubar alguns itens.

A única coisa que não faziam era abrir a geladeira. (vai ver porque eles sabiam que celebridades não comem em casa, ou não comem.)

A aventura começa com um garoto novo na escola que cai na lábia de uma cleptomaníaca por natureza. "Ah, vamos na casa da Paris Hilton. Procura aí o endereço no Google e vê se ela está em casa.". Fácil assim. A Paris Hilton deixa as chaves embaixo do tapete de welcome. (Com tanto dinheiro para comprar tralhas era de se esparar um sistema de segurança melhor né?) Aí é só espalhar para as amigues e vão todas fazer uma visitinha a Paris Hilton, Orlando Bloom, Lindsay Lohan, etc.

O que leva as jovens a fazer isso? Não sei. Algumas vão pela aventura, outras porque realmente acham que não estão fazendo nada demais, uns pelo dinheiro, outros para ter os objetos que seus ídolos ostentam nas revistas e sites, ou talvez algumas acham que as celebridades também são objetos que podem ter através de seus pertences. Apesar de todos terem mães e pais, só uma mãe é mostrada com mais destaque. Ela educa as filhas em casa com base na filosofia de O Segredo. Preciso dizer mais?

Confesso que fiquei mais impressionada com tanto de coisas que as celebridades acumulam do que com a criançada on drugs entrando nas casas e levando bolsas e sapatos.

A Tia Helo ia puxar as orelhas de cada um até cair. 182 "Ai, Jesus!" para a galera do bling.


Flores Raras

A poeta Elizabeth Bishop estava esgotada e entediada em NYC e decidiu fazer uma viagem de navio. Ela parou no Rio de Janeiro para ver uma amiga da época da faculdade e acabou ficando 15 anos. A tal amiga morava junto com a Lota de Macedo Soares numa casa bacana em Petrópolis. Elizabeth no início fez a linha polida e contida, mas Lota se apaixona por ela, dispensa a Mary, e as duas passam a viver juntas.

Foi aqui no Brasil que Elizabeth Bishop escreveu os poemas que renderam um Pulitzer. E a Lota foi a responsável pelo Aterro do Flamengo ter se tornado um parque.

O filme é cheio de drama, afinal temos uma poeta alcoolotra (e um pouco deprimida) e uma arquiteta cheia de energia que gosta de mandar em todos. Gostei da Gloria Pires no papel da Lota, achei que ela se entregou bem ao papel. A Miranda Otto como Elizabeth também está muito bem. Duas mulheres que foram importantes em seus ramos. As cenas do Rio antigo são boas.

A intenção da Lota ao criar o parque do Aterro era uma coisa no estilo Central Park de NYC, mas se ela fosse viva e visse que o parque dela é um dos lugares perigosos da cidade (especialmente durante a semana) iria ficar decepcionada.

A Tia Helo não ia gostar muito de todo aquele drama existencialista. 317 "Ai, Jesus!" para as flores raras.


28.8.13

Letras pequenas

Com a idade a gente ganha experiência, mas perde outras coisas. Uma das piores, para mim, é essa coisa de não enxergar mais direito. As letrinhas vão ficando embaçadas e o braço não é comprido o suficiente para afastar o papel até uma leitura satisfatória. Ainda não preciso de óculos, mas meu dia de Mr. Magoo chegará.

Para o meu primo André já chegou. Nós estavamos no Jardim Botânico, paramos para um lanche e na mesa tinha aqueles pacotinhos de sal, açúcar e adoçante. No que o André me diz:

- Achei legal que no restaurante que fomos tinha pacotinho de parmesão.

- Parmesão???? Nunca vi.

Passaram alguns dias e ele me contou:

- Sabe aquele dia que fomos no Jardim Botânico? Pois é, fui pedir açúcar para o homem, ele me deu esse pacotinho e eu disse que isso era parmesão.

- HAHAHAHAHAHAHA!

- O homem fez uma cara de "esse aí é maluco" e eu não entendia porque. Esqueci de levar os óculos no restaurante e acabei lendo errado.

O pacotinho de premium parmesão era um desses:



(PS. meu primo mora em Londres e não relaciona essa marca com açúcar)

26.8.13

A semana no Rio

Aqui estão algumas fotos que coloquei no instagram na última semana passeando pelo Rio.

usando o bike rio direto
(poderiam colocar mais bicicletas)
semana começou nublada e fria
frio é bom para guloseimas
meia maratona
a lua cheia apareceu
sol saiu e surf's up
mas a água estava fria
o museu de arte do rio
favelinha de tijolos
escadaria do seleron
fim de tarde lindo
robôs pollock no CCBB 
praia de ipanema com piscininhas
filosofia de muro
enquanto isso na praia vermelha...
fim de tarde espetacular
orquideas do parque lage
surf família no arpoador

19.8.13

Taxista do dia (2)

Ontem peguei um taxi com a minha prima e o motorista era bilingue.

- O senhor pode ir para Rua X, mas ela vai ficar na Y.
- Você quer na praia ou por dentro.
- Tanto faz.
- Se para você whatever, para mim whatever também.

Aí uma senhora estava empatando o trânsito parada no meio da rua, o taxista deu algumas buzinadas e passamos.

- Obrigado querida!.....Vocês notaram que esse meu obrigado foi cheio de veneno e sarcasmo para essa drugstore blonde que está parando o transito.

Um pouco mais a frente um carro estacionado onde não devia.

- People please!!

E claro que ele nos contou sua história de vida.

- Eu era dealer de jóias em En Uai Si (NYC), you know dear?

Claro que pegamos o telefone dele para futuras corridas.

18.8.13

Meia Maratona do Rio 2013

Em 2010 eu corri, foi lindo, mas esse ano fui só assistir e dar uma forcinha para os 19 mil corredores que encararam frio e chuva para correr os 21km.

frio no inverno carioca
primeiras mulheres passando (as profissionais
largam 15 minutos antes)
o cadeirantes também largam antes
e lá vem o primeiro lugar masculino
seguido de perto pelo segundo
o resto começa vir um pouco mais atrás

the flash (ou não)

o fluxo de gente começa aumentar

tem índio
por uma causa
homem planta
avenida atlântica cada vez mais cheia
chapolin e kiko
esse tiozinho parava a cada 10 metros
e dava uma reboladinha
pre-pa-ra!

Os corredores do Quenia venceram com Geoffrey Mutai no masculino e Nancy Kipron no feminino. Como correm!

17.8.13

Taxista do dia

Uma das coisas boas do Rio é que o taxi não é tão caro e tem muitos em todo canto. Os motoristas são uma caso a parte, as vezes escutamos verdadeiras pérolas quando decidem ser simpáticos. Alguns até tem uma veia para o stand up. Já até escrevi um post sobre os tipos de taxistas que peguei por aqui.

Ontem peguei um taxi com uma amiga, a motorista era uma senhora na casa dos 60 e poucos, e, segundo ela, com 34 anos de praça. No meio do caminho ela começa sua história do dia:

- Ontem descobri uma profissão que eu nem sabia que existia. Gente que compra apartamento fechado.
- Como assim?
- Alguém quer esvaziar um imóvel e a pessoa compra tudo dentro de uma vez.
- E isso dá dinheiro?
- Ôôôôô se dá! O homem disse que o último que ele comprou custou 5 pilas.
- 5 mil todos os móveis e tralhas??
- Isso. Aê, minha amiga, além de revender as coisas, imagina o que esses caras não encontram dentro das gavetas, escondido nos móveis? Tem muitos velhinhos que escondem dinheiro, jóias, etc e esquecem de contar para a família. Aí os herdeiros querem se livrar das quinquilharias e nem olham direito. Os caras que compram se dão bem pracarai! (sim, a tiazinha de 60 e poucos falou "pracarai!") Um deles disse que tinha achado um anel de diamante. Ahhh o que eu comprava com a grana de um anel desses....

Todos revirando as gavetas nesse momento.

1.8.13

Analisando a música: Money For Nothing (Dire Straits)

A idéia de analisar uma música do Dire Straits veio de uma conversa no whatsapp com o Luiz e o Rafael.

O Luiz disse que estava lendo "Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes!", o quarto volume da ótima série O Guia do Mochileiro das Galáxias do Douglas Adams, e se deparou com uma parte que fala do Dire Straits e tem o seguinte trecho: "Mark Knopfler tem um talento extraordinário para fazer uma guitarra Schecter Custom Stratocaster cantar e uivar como anjos no sábado a noite, exaustos de serem bonzinhos a semana toda e precisando de uma cerveja forte."

Douglas Adams é genial. E me lembrei que gosto do Dire Straits, mesmo não escute com frequência (a não ser quando toca algum flashback no rádio).

O Dire Straits é uma banda britânica formada em 1977 por Mark Knopfler, seu irmão e mais dois caras. (Vamos ser sinceros, todo mundo só lembra do nome do Mark Knopfler mesmo) Logo no primeiro album, em 1978, fizeram sucesso com Sultans of Swing, que resiste bem ao tempo. O Mark Knopfler, além de exímio guitarrista (detalhe: ele toca sem palheta), tem uma voz grave, gostosa, e quase que narra as letras das músicas.

Não sei o que aconteceu com a banda depois de 1985. Gosto do terceiro album Making Movies, de 1980. Tem Romeo and Juliet, Tunnel of Love e Expresso Love.

A música analisada da vez é do quinto album, Brothers in Arms, de 1985, o album de maior sucesso da banda. Está até no Guinness World Records como o primeiro CD a vender um milhão de cópias (e popularizou o formato CD. Bye bye vinil...oh, wait!). Brothers in Arms é um ótimo album, tem a sexy So Far Away, a animada Walk of Life, Your Latest Trick (tem um saxofone trilha sonora de motel mas é boa) e a bonita Brothers in Arms (que tem um video bacana).

Reza a lenda que o manager da banda perguntou aos executivos da MTV o que eles precisavam fazer para entrar na grade do canal e fazer sucesso nos EUA. A resposta foi: fazer um hit e contratar um dos top diretores para o video. Mark Knopfler fez exatamente isso, e ainda usou o nome do canal na música.

Money for Nothing foi composta pelo Mark Knopfler enquanto ele estava numa loja de eletrodomésticos e escutou a conversa de dois caras que estavam ali montando uma cozinha. Então ele canta a música como se fosse um dos caras (inclusive, muitas frases são o que os caras disseram de fato). O riff de guitarra dessa música é um clássico.

Não sei se o Sting estava na loja, mas ele deu uma mãozinha na composição e ainda cantou algumas partes. (Eu coração Sting.)

É uma música sobre a inveja, esse monstro que corrói até o homem que carrega geladeiras.

I want my MTV

Eu quero a minha MTV... Na época que essa música foi lançada a MTV americana tinha 4 anos de idade (aqui no Brasil só foi aparecer em 1990), ainda era um canal que mostrava tendências e todo mundo queria estar lá, inclusive o Dire Straits.

Now look at them yo-yo's
That's the way you do it
You play the guitar on the MTV
That ain't working
That's the way you do it
Money for nothing and your chicks for free

Então, dois carregadores estão trabalhando, olham para as TVs na loja, que estão ligadas na MTV, e um deles resolve comentar: "Olha esses manés, é isso tem que fazer, tocar guitarra na MTV. Isso lá é trabalho!?! É assim que se faz, ganhar dinheiro por nada e as quenga de graça." (O carregador na versão da análise é um pouco cearense, só pelas gírias e expressões.)

Let me tell ya, them guys ain't dumb
Maybe get a blister on your little finger
Maybe get a blister on your thumb

"Macho, deixa eu te falar, esses fuleirage não são bobos. Mimimi um calo no dedinho, mimimi um calo no dedão."

We've got to install microwave ovens
Custom kitchen deliveries
We've got to move these refrigetratos
We've got to move these color TVs

"E a gente aqui tendo que instalar forno, cozinha, transportar geladeira e tv a cores." Pausa. Essa música é da época que ainda tinha opção de comprar TV em preto e branco. O_O

See the little faggot with the earring and the make up
Yeah, buddy, that's his own hair
That little faggot got his own jet airplane
That little faggot is a millionaire

A inveja é ótima para trazer a tona os preconceitos. Na música, pelos comentários, os carregadores são homofóbicos e machistas. "Tá vendo aquele baitola com brinco e maquiagem? É, macho, é o cabelo dele de verdade. Aquele baitola tem seu jatinho particular, o bichinha é milionário."
Essa música foi proíbida no Canadá por essa parte que contem palavras pejorativas, criaram uma versão sem essa estrofe, mas já voltaram atrás na decisão. Polêmica. O Mark Knopfler disse que é uma música escrita do ponto de vista de uma pessoa estúpida o que o leva a fazer comentários ignorantes.

We got to install microwave ovens
Custom kitchen deliveries
We've got to move these refrigetratos
We've got to move these color TVs

E lá vão eles carregar as geladeiras, TVs a cores, instalar cozinhas.... Bem feito.

I shoulda learned to play the guitar
I shoulda learned to play them drums
Look at that mama, she got it stickin' in the camera
Man we could have some
And he's up there, what's that? Hawaiian noises?
Bangin' on the bongos like a chimpanzee
That ain't working, that's the way you do it
Get your money for nothing and your chicks for free

"Tá vendo, macho, eu deveria ter aprendido a tocar guitarra, ou tocar bateria. Olha ali aquele pitéu se mostrando na camera! Macho, bem que a gente poderia ter uma dessas. E o que é aquilo? O cara está batendo nos tambores como um chimpanzé! Isso não é trabalho, trabalho é outra coisa, isso é dinheiro fácil e as raparigas na faixa." Pois é, se o carregador deixasse de ser invejoso (homofóbico e machista), e tivesse aprendido a tocar sanfona, poderia estar  fazendo sucesso com sua banda de forró.

We got to install microwave ovens
Custom kitchen deliveries
We've got to move these refrigetratos
We've got to move these color TVs

E por isso vai continuar carregando as geladeiras, TVs a cores, instalando microondas....

Listen here,
That ain't working, that's the way you do it
Get you money for nothing and you chicks for free
Money for nothing, chicks for free
Look at that, look at that

"Escuta aqui, isso não é trabalho, é dinheiro por nada e garotas de graça." Essa cobiça não leva a nada. Fica a dica.

I want my MTV

Vai continuar querendo a MTV. Desse jeito nem VJ ele consegue ser.


O video de Money for Nothing foi um dos primeiros a usar computação gráfica. Os caras do video parecem Mario e Luigi feitos de tvs, e ficou bacana.




30.7.13

Analisando chocolate

Eu gosto muito de chocolate. FATO.

Temos amigos suíços que, toda vez que passam aqui para uma visitinha, trazem chocolates. Não são poucas barrinhas, é uma bolsa CHEIA (e pesada). É chocolate suficiente para um ano (no caso de pessoas normais), aqui em casa dura 2 meses.

nem cabe tudo na foto

No pacotão sempre vem clássicos como: chocolate com laranja (um favorito), chocolate com mousse de chocolate, com amendoas, com nozes, chocolate ao leite, meio amargo e amargo. Os formatos são variados: barras, quadradinhos, bolinhas, potes com primos do nutella (melhor que o nutella), triangular (sim, também vem toblerone. aliás, o toblerone amargo é uma delícia). Nenhum branco, óbvio, porque chocolate branco não é chocolate e os suíços sabem disso.

Além de tudo isso tem alguns sabores diferentes e inusitados. Confesso que sou purista, gosto de chocolate sem nada, de preferência amargo, mas claro que tem exceções (os com laranja e com amendoas são ótimos).

Ainda tem vários, mas aqui vai o top 5 até agora.

5. Chocolate amargo com Pimenta. 
Na verdade não gostei muito desse porque depois de comer meio quadrado fiquei sem sentir minha língua pelo resto do dia, mas o começo da mordida foi bom. Para quem gosta de pimenta. FORTE.


4. Chocolate amargo com Baunilha Bourbon
Baunilha Bourbon (Bourbon Vanilla) é um tipo de baunilha cultivada em Madagascar e em outras ilhas do Oceano Indico. É baunilha gourmet, mas ainda é baunilha. Esse chocolate é muito gostoso, mas sem grandes emoções. 


3. Chocolate amargo Intenso
O bom do chococlate amargo é que, para mim, um pouco satisfaz bastante, então não preciso de grandes quantidades. Esse com 70% de cacau é um delícia, dá vontade de abraçar.


2. Chocolate amargo com Flor de Sal
Essa pequena jóia foi uma ótima surpresa. Primeiro vem o gosto do chocolate e lá no fim aquele gostinho salgado. É perfeito para quem não gosta muito de doce.


1. Chocolate amargo com Mirtilo e Amendoas
Primeiro: chocolate e amendoas é uma excelente combinação (os fãs de nutella que o digam) e segundo: chocolate com qualquer fruta silvestre é melhor ainda. Mirtilo (ou blueberry para os íntimos) é uma das minha favoritas. Esse chocolate tem o azedo da fruta e contraste vem das amendoas. Pelo que está na embalagem foi uma edição especial, mas, por favor, façam mais!



25.7.13

Book Report: The Amazing Adventures of Kavalier and Clay - Michael Chabon

Esse foi um livro indicado pela Amazon que depois de algumas insinuações deles resolvi comprar porque achei a capa bonita e gostei do título.


Nunca tinha ouvido falar do Michael Chabon, mas ele ganhou um Pulitzer em ficção por esse livro em 2001. E depois que terminei de ler The Amazing Adventures of Kavalier and Clay quis entregar o prêmio para ele outra vez. Ele também escreveu The Wonder Boys, que nunca li, mas gostei do filme com Michael Douglas, Tobey Maguire e Robert Downey Jr.

The Amazing Adventures of Kavalier and Clay (ou As Incríveis Aventuras de Kavalier e Clay como saiu em português) é sobre dois primos, Joe Kavalier e Sam Clay, que criam um personagem de quadrinhos na era de ouro dos gibis americanos, que começou logo depois que o Superman apareceu em 1938.

Joe é um jovem estudante de mágica, ilusionismo e a arte do escapismo, como Houdini, que mora em Praga mas é escolhido pela família para fugir para America. Joe deixa para trás mãe, pai, avô e irmão e começa uma aventura digna do Houdini até chegar em New York City, via Lituânia e Japão, para morar com a tia e o primo.

Sam é o primo do Joe, garoto criado no Brooklyn cercado de histórias em quadrinhos, com sua mãe judia, sua avó (e tem um pai ausente). Quando Joe chega, Sam descobre que ele sabe desenhar muito bem e propõe falar com seu chefe para criarem uma divisão de quadrinhos na empresa. Sam é o talento que cria as histórias e Joe as desenha. O primeiro herói que criam é o The Escapist que, com seu uniforme azul com uma chave dourada no peito, usa suas habilidades (nenhuma sobrenatural) para libertar pessoas, um herói que espelha o desejo de poder e liberdade.

Assim como os pais do Batman foram assassinados e o Superman foi mandado para Terra porque seu planeta explodiu, a vida dos nosso heróis não é fácil.

Joe é um workaholic que tem como prioridade economizar dinheiro para trazer sua família da Europa. A primeira capa que ele desenha é o Escapist dando um soco no Hitler, que deixa os chefes tensos porque os EUA ainda não estavam na guerra em 1939, mas Joe mantém seus vilões sempre espelhados nos nazistas. Joe não se permite momentos felizes ou de prazer até conhecer Rosa, uma artista alternativa que o insipira a criar uma heróina: a Luna Moth.

Sam está sempre criando as histórias que servem como background para os heróis (e essas são muito bem escritas pelo Michael Chabon), tem uma vida social pouco ativa e um conflito interno. Sam sempre apoia Joe, ele tenta de toda forma entender o que é para o primo ter deixado a família no meio da guerra, num gueto, nas mãos de nazistas.

A vida deles vai muito bem, obrigada, até o dia que os Japoneses bombardeiam Pearl Harbor, Joe recebe uma notícia trágica e Sam quase vai preso. Os americanos entram na guerra, Joe se alista e Sam se vê tendo que tomar uma decisão.

Tudo isso é contado com muito humor, otimismo e sensibilidade. Mostra a luta do ser humano pela libertação (em vários sentidos), amizade verdadeira, sem grandes dramas (apesar de haver motivos para vários) e com detalhes incríveis dos heróis (todos: Sam, Joe e suas criações), de New York nos anos 1940, dos sentimentos em época de guerra e pós-guerra, e especialmente da indústria dos quadrinhos (inclusive alguns criadores conhecidos aparecem no livro, em rodas de conversa, como o Stan Lee).

Os quadrinhos, ou gibis, eram considerados (e ainda são por alguns) uma forma menor de arte e literatura. A origem vem dos tais pulp magazines que eram histórias desenhadas e publicadas em papéis mais vagabundos e vendidos só em bancas. Com a criação do Superman, que tinha um estilo diferente de história e desenho, em 1938 veio um boom e os quadrinhos que eram coisa de criança, de nerds,  passaram a render muito dinheiro as editoras especializadas e todas queriam seu Superman. Na década de 1950 os quadrinhos foram considerados má influência para crianças (no livro tem até uma insinuação sobre Batman e Robin). Felizmente a produção não parou, até se diversificou, e os quadrinhos não estão mais restritos a heróis e aventura, tem um pouco de tudo para crianças, adultos, nerds, geeks, românticos, etc. No post que escrevi sobre o genial Building Stories disse que gosto muito dos comic books e graphic novels, as histórias são interessantes e os desenhos fantásticos. Quadrinhos se tornaram elementos básicos da cultura pop e são assuntos de teses de mestrado e doutorado. Hoje existem lojas especializadas no gênero, não vamos esquecer que muitos quadrinhos da época de ouro hoje valem milhares de doletas, e os muitos filmes blockbusters baseados em personagens dos comic books.

comic book store que fui em Los Angeles

The Amazing Adventures of Kavalier and Clay é um comic book sem desenhos, mas nem precisa, a imaginação é estimulada o tempo todo. É um livro que até quem não é muito fã do gênero vai gostar.

24.7.13

Tia Helo na JMJ

A Tia Helo era super-hiper-mega-über católica, uma church lady de respeito, além de suas peculiaridades que foram a fonte de inspiração do blog.

Claro que com a visita do Papa Francisco ao Rio essa semana eu não poderia deixar de lembrar da Tia Helo. Da última vez que um Papa esteve no Rio, o JP II, ela obrigou sua sobrinha Sue a acompanhá-la a uma missa no Aterro do Flamengo. A Sue disse que nunca pensou que tiazinhas beatas fossem tão hard core quanto metaleiros e quase foi pisoteada tentando chegar perto do palco.

Quando comecei esse blog com as amigas Malu e Sue (que são as sobrinhas de fato da Tia Helo) a Tia Helo ainda era viva e sempre tinha alguma história que rendia um post curioso.

Malu, conhecida como Luizinha pela Tia Helo, e Sue escreveram alguns posts aqui, mas me empolguei mais que as duas e acabei dominando o espaço. A Tia Helo nos deixou em 2006 mas continua inspirando algumas sessões do blog como suas cotações para os filmes, outras tias, o analisando a música e os momentos TOC.

Hoje o Papa Francisco foi passear justamente na Tijuca, bairro da Tia Helo e de suas sobrinhas. E, para ficar mais emocionante, ele passou pela igreja que fica ao lado da casa das sobrinhas que a Tia Helo sempre visitava (especialmente as sextas para comer sua pizza). Luizinha e Sue foram lá, no frio e na chuva, dar tchauzinho para o Papa Francisco e tenho certeza que a Tia Helo está mais do que orgulhosa dessas duas a representando.

"Ai, Jesus!" ao infinito para Luizinha e Sue!

15.7.13

Analisando a música: You Better You Bet (The Who)

The Newsroom voltou para segunda temporada essa semana e, no meio de todos aqueles diálogos rápidos (e as vezes confusos) sobre política e economia, o Will e a Mackenzie tiveram um mini debate sobre essa música. No fim ela diz: "Acho que nenhum de nós entende o significado dessa música."

É um desafio? Aceito!

The Who é Rock Clássico.

(Toda vez que uso essa expressão imagino os tiozinhos dos anos 1960 se revirando nos túmulos porque o gênero musical que eles abominavam, que dava dor de cabeça, que tirava suas filhas de casa com formigas nas calças, virou algo clássico e estudado em universidades. Então, get over it, um dia teremos Funk Carioca Clássico.)

A banda britânica foi formada em 1964 por  Roger Daltrey, Pete Townshend, John Entwistle e Keith Moon, e o primeiro sucesso veio com My Generation. O The Who era uma banda alternativa, em relação aos Rolling Stones e aos Beatles, e faziam sucesso no Reino Unido. Em 1969 lançaram Tommy (a ópera rock que depois virou filme em 1975) e foram para o mundo.

The Who era uma banda bem performática, Pete Townshend gostava de quebrar guitarras no palco e Roger Daltrey gosta de uma atuação (e tem uma voz ótima). O Pete Townshend tem muita história para contar e escreveu um autobiografia. O Keith Moon morreu em 1978 e no início dos anos 1980 a banda se desfez. De lá para cá teve algumas reuniões, o Entwistle morreu em 2002, e ocasionalmente os dois restantes fazem shows beneficentes e mini tours.

As gerações mais novas conhecem os vovôs do The Who pela versão de Behind Blue Eyes feita pelo Limp Bizkit; as aberturas dos: CSI (Who Are You), CSI:NY (Baba O'Riley) e CSI: Miami (Won't Get Fooled Again), o Roger Daltrey até participou de um episódio de CSI. E ainda tem a versão Glee de Pinball Wizard. O Pearl Jam, as vezes, faz um cover deles nos shows.

You Better You Bet, música e letra do Pete Townshend, é do album Face Dances de 1981, um dos últimos (já sem o Keith Moon), ficou no topo das paradas do ano e foi o último hit da banda. É uma música sobre....bem, eu diria uma DR, talvez um caso de amor pouco funcional ou muito prático dependendo do ponto de vista. Tem um pouco de tudo.

Vamos analisar.

I call you on the telephone
My voice too rough with cigarettes
I sometimes feel I should just go home
But I'm dealing with a memory that never forgets
I love to hear you say my name
Especially when you say yes
I got your body right now on my mind
But I drunk myself blind to the sound of old T-Rex
To the sound of old T-Rex, oh, and Who's Next

A música já começa com um booty call meio bebum com a voz áspera de tanto fumar cigarros (ah, as musicas dos anos 1970/80 onde as pessoas ainda fumavam). Ele até quer ir para casa (então a ligação provavelmente é do meio da rua, de um orelhão) mas está "lidando com uma memória que nunca esquece", ele quer saciar essa vontade. "Adoro quando você diz meu nome, e especialmente quando diz sim!! Diz sim, vai!" Está com o corpo dela na cabeça, agora, now!  Mas ele bebeu até cair escutando T.Rex (uma banda de glam rock dos anos 1970) e Who's Next (adoro essa auto referência ao album de 1971, claro que o cara ia escutar o melhor disco da banda). E aí, como faz?

When I say I love you, you say you better
You better, you better, you bet
When I say I need you, you say you better
You better, you better, you bet
You better bet your life
Or love will cut you, cut you like a knife

O refrão grudento. "Quando eu digo que te amo, você diz 'acho bom'". É melhor, é melhor, pode apostar. Quando ele diz que precisa dela, ela diz "você deveria mesmo". É melhor apostar. E ele pode apostar a vida que o amor vai cortar como uma faca (afiada). É um conselho/ameaça.

I want those feeble minded axes overthrown
I'm not into you passport picture, I just like your nose
You welcome me with open arms and open legs
I know only fools have needs
But this one never begs

"Eu quero essas rejeições idiotas derrubadas" (uma das definições de ax/axe é rejeição de um amante/amigo, também é gíria para guitarra e o Pete Towshend gostava de quebrar guitarras), ou seja, "Eu vou e pronto.". A foto do passaporte deve ter alguma explicação, mas que ele só gosta do nariz é mais significativo (Pete Townshend sobre seu nariz: "I thought, well if I've got a big nose, it's a groove ans it's the greatest thing that can happen because, I don't know, it's like a lighthouse or something".). Aí ele faz a festa, ela o recebe de braços e pernas abertas (uiuiui). Só os tolos tem necessidades, mas esse bobão nunca implora. (também, nem precisa, ela já está lá de pernas braços abertos!)

I don't really mind how much you love me
Ooooo a little is alright
When you say come over and spend the night
Tonight, tonight

Ah, a quantificação do amor. Ele diz que não se importa o quanto ela o ama, um pouco já está bom. Ele quer saber é se ela vai convidá-lo para uma visitinha ainda hoje a noite, é isso que interessa.

When I say I love you, you say you better
You better, you better, you bet
When I say I need you, you say you better
You better, you better, you bet
You better bet your life
Or love will cut you, cut you like a knife

O refrão chiclete.

I lay on the bed with you
We could make some book of records
Your dog keeps licking my nose
And chewing up all those letters
Saying you better
You better bet your life
You better love me, all the time now
You better shove me back into line now

Parece que ele conseguiu se convidado, e na cama acha que poderiam entrar para algum livro de recordes (ou fazer um livro dos discos, mas prefiro achar que ele quer bater algum tipo de recorde sexual). Olha o nariz aí outra vez! O cachorro está lambendo. E depois mastigando as cartas que dizem "Você pode apostar sua vida, é melhor você me amar, o tempo todo, me coloca de volta na fila".
Pausa. Vamos ver se entendi. Acho que são amigos com benefícios, que se gostam (muito) mas não querem nada sério (ainda), só um sexo casual. Ela deve ter uma fila de pretendentes e ele quer ser o primeiro. Por isso acho que o refrão é uma (pseudo) brincadeira, e quando ele diz "te amo" ela responde "acho bom!".

I showed up late one night
With a neon light for a visa
But knowing I'm so eager to fight
Can't make letting me in any easier
I know I've been wearing crazy clothes
And I look pretty crappy sometimes
But my body feels so good
And I still sing a razor line every time

Falou em passaporte e agora em visa. E o que ele usa como um aval para entrar na casa dela? Uma luz neon. WTF? Roubou do bar? Ainda bem que ele reconhece que não merece entrar quando esta com vontade de brigar, que usa roupas esquisitas e parece esculhambado, mas se sente bem e canta afinado/afiado (ou saber dar uma cantada afiada) toda vez.

And when it comes to all night living
I know what I'm giving
I've got it all down to a tee
And it's free

E ainda completa: quando a coisa é virar a noite, ele sabe o que está oferecendo, tem tudo nos mínimos detalhes (oi, tudo bem?) e é de graça. Amigo com benefícios é para essas coisas, né?

When I say I love you, you say you better
You better, you better, you bet
When I say I need you, you say (scream) you better
You better, you better, you bet
You better bet your life
Or love will cut you, cut you like a knife

O refrão que não sai da cabeça. Como eu disse na outra estrofe, acho que é uma brincadeira (que no fundo é de verdade) entre os dois. Amigos com benefícios que querem mais. No fim ele diz "você pode apostar sua vida ou o amor vai te cortar como uma faca.", ou seja, é melhor ele ama-lá ou então ela vai lá e corta (espero que o coração simbolicamente). O amor/amizade é lindo.

E vamos ficar com esse refrão grudado....you better, you better, you bet!



Algumas pessoas do forum acham que essa música lembra Let My Love Open The Door, que o Pete Towshend lançou um ano antes em sua carreira solo.

12.7.13

Homem de Aço

O Christopher Reeve mora no meu coração como Superman, é paixão de criança e essa é para sempre. Gostei do Brandon Routh em Superman Returns (e também gostei do filme, podem julgar) e assisti todas as temporadas de Smallville com o Tom Welling fazendo o Clark Kent teen.

Mas o Henry Cavill....ai, gente..... isso sim é Superman! Quero ser a Lois Lane já! Como disse alguém (não vou entregar quem) "ele dá comichão em certas partes do corpo".



O Superman é o meu herói favorito, ele é um ET que cresceu na Terra (no Kansas, of all places), tem superpoderes, tenta fazer o melhor que pode com isso, tenta se enturmar com os humanos, é lindão, e usa cueca por cima da calça. Bem, usava. Nesse filme o cuecão vermelho sumiu.

A roupa do Superman vem de Krypton e, além da falta da cueca vermelha (que deve ter ido para a parte de dentro), tem o poder de fazer a barba e arrumar o cabelo do Kal El.

A parte dramática do filme é ótima. Kal El é filho do Russel Crowe (em forma - leitinho) e Lara em Kripton e do Kevin Costner e Diane Lane na Terra, como Clark Kent. Todos abraçaram seus papéis com vontade e esse núcleo familiar, seja em Krypton ou na Terra, é a melhor parte do filme. Aliás, todos os mini Clarks são tão lindos quanto o Henry Cavill.

A Lois Lane da Amy Adams é esperta. Essa eu queria ser. Ela não é enganada pelo Clark Kent, pelo contrário, é parceira dele na inclusão/apresentação do Superman aos terráqueos e não perde a oportunidade de passar a mão naqueles músculos. *inveja*

A parte ação/destruição do filme achei exagerada. Tudo bem que o General Zod é megalomaníaco nivel intergalático e que ele tem os mesmos poderes que o Kal El, eles são ETs e tal, a coisa tinha mesmo que ser excessiva, mas ficou chato. Só gostei do sofrimento do Zod (e de sua turma) ao tentar se adaptar a atmosfera da Terra.

A cat fight entre o Superman e o Zod que destruiu meia Smallville e uma parte de Metrópolis matou um bocado de gente (mesmo que não tenham mostrado).

Pela primeira vez fez sentido o Superman passar por Clark Kent como jornalista e ninguém notar que é a mesma pessoa. Foi muito bem feita aquela cena final. Muito amor pelo Clark Kent do Henry Cavill (ainda mais na tela grande do cinema).

É um filme sério demais (ou que se leva muito a sério), acho que o Superman é um herói mais leve, mesmo com todo o peso do mundo nas costas, ele leva tudo numa boa. E, sim, a música do John Williams fez muita falta. Dito isso, eu gostei do filme, e que venham outros, a gente merece mais Henry Cavill na vida.

A Tia Helo ia querer ter filhos do Henry Cavill (quem não quer?) e gritaria 793 "Ai, Jesus!" para o Homem de Aço.