3.9.13

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The Bling Ring

A Sofia Coppola decidiu contar a história (real) dos adolescentes ricos que invadiam as casas de suas celebridades favoritas para ver o que tinha dentro, deitar nas camas, usar os quartos especiais e, de quebra, roubar alguns itens.

A única coisa que não faziam era abrir a geladeira. (vai ver porque eles sabiam que celebridades não comem em casa, ou não comem.)

A aventura começa com um garoto novo na escola que cai na lábia de uma cleptomaníaca por natureza. "Ah, vamos na casa da Paris Hilton. Procura aí o endereço no Google e vê se ela está em casa.". Fácil assim. A Paris Hilton deixa as chaves embaixo do tapete de welcome. (Com tanto dinheiro para comprar tralhas era de se esparar um sistema de segurança melhor né?) Aí é só espalhar para as amigues e vão todas fazer uma visitinha a Paris Hilton, Orlando Bloom, Lindsay Lohan, etc.

O que leva as jovens a fazer isso? Não sei. Algumas vão pela aventura, outras porque realmente acham que não estão fazendo nada demais, uns pelo dinheiro, outros para ter os objetos que seus ídolos ostentam nas revistas e sites, ou talvez algumas acham que as celebridades também são objetos que podem ter através de seus pertences. Apesar de todos terem mães e pais, só uma mãe é mostrada com mais destaque. Ela educa as filhas em casa com base na filosofia de O Segredo. Preciso dizer mais?

Confesso que fiquei mais impressionada com tanto de coisas que as celebridades acumulam do que com a criançada on drugs entrando nas casas e levando bolsas e sapatos.

A Tia Helo ia puxar as orelhas de cada um até cair. 182 "Ai, Jesus!" para a galera do bling.


Flores Raras

A poeta Elizabeth Bishop estava esgotada e entediada em NYC e decidiu fazer uma viagem de navio. Ela parou no Rio de Janeiro para ver uma amiga da época da faculdade e acabou ficando 15 anos. A tal amiga morava junto com a Lota de Macedo Soares numa casa bacana em Petrópolis. Elizabeth no início fez a linha polida e contida, mas Lota se apaixona por ela, dispensa a Mary, e as duas passam a viver juntas.

Foi aqui no Brasil que Elizabeth Bishop escreveu os poemas que renderam um Pulitzer. E a Lota foi a responsável pelo Aterro do Flamengo ter se tornado um parque.

O filme é cheio de drama, afinal temos uma poeta alcoolotra (e um pouco deprimida) e uma arquiteta cheia de energia que gosta de mandar em todos. Gostei da Gloria Pires no papel da Lota, achei que ela se entregou bem ao papel. A Miranda Otto como Elizabeth também está muito bem. Duas mulheres que foram importantes em seus ramos. As cenas do Rio antigo são boas.

A intenção da Lota ao criar o parque do Aterro era uma coisa no estilo Central Park de NYC, mas se ela fosse viva e visse que o parque dela é um dos lugares perigosos da cidade (especialmente durante a semana) iria ficar decepcionada.

A Tia Helo não ia gostar muito de todo aquele drama existencialista. 317 "Ai, Jesus!" para as flores raras.


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