17.2.13

Book Report: Building Stories - Chris Ware


É uma ideia comum (e um certo preconceito) dizer que histórias em quadrinhos são para crianças, adolescentes, nerds e geeks. Claro que muitos de nós começamos o hábito da leitura por essas histórias desenhadas e depois concentramos só no que está escrito. Hoje, os quadrinhos, ou graphic novels para ser mais justa (novelas gráficas?), não são só sobre superheróis, brigas entre crianças, aventuras na roça, etc. Existe todo um mercado adulto que vê os desenhos não como uma forma de facilitar a visualização da história mas como parte da própria, além de uma arte incrível.

Gosto muito de graphic novels (e de quadrinhos também), como não sei desenhar aprecio quem sabe se expressar bem usando formas e cores, além dos detalhes sempre bem colocados em cada frame.

Tudo isso para falar de uma unanimidade em todas as listas de melhores livros de 2012: Building Stories do Chris Ware. Já tinha ouvido falar no Chris Ware, mas ainda não tinha lido/visto nada dele, esse livro foi uma ótima escolha.

Building Stories não é só uma leitura, é uma experiência. Começando pelo tamanho da caixa: enorme. Dentro da caixa vem 14 itens que vão desde panfletos, jornais, livretos a plantas baixas. Não tem instruções de por onde começar, e a única sugestão que o autor faz é de onde deixar alguns itens pela casa para que você possa ir lendo.

um livro normal para comparar o
tamanho da caixa

A ideia é essa mesmo: construir a história, é quase um jogo. E cada pedaço fornecido se encaixa no fim. O livro, de uma forma geral, conta a história da vida uma moça que tem meia perna amputada e mora em Chicago. Somos apresentados a infância, adolescência, anos na faculdade, anos que morou só, e sua família, com todos os dramas pessoais e filosóficos. As vezes é ela que nos conta o que está acontecendo, outras vezes é a vizinha, outras é o prédio (sim, o prédio tem impressões sobre seus moradores). Ainda conhecemos a vizinha idosa, o casal que briga muito, o ex-namorado sem noção e a amiga depressiva. A vida como ela é.


Chris Ware ainda teve tempo de desenvolver a história da abelha Branford que é genialmente contada usando palavras com B sempre que possível. O traço dele é realista, colorido e cheio de detalhes.

Eu decidi ler do menor para o maior. No fim concluí que realmente não importa muito a ordem, mas alguns pedaços podem conter spoilers leves de outros.

até na caixa tem pedaço da história

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