17.12.25

A Única Saída

Quando fiz o post sobre o cinema sul coreano contemporâneo coloquei 3 filmes do Park Chan Wook, Oldboy, A Criada e Decisão de Partir e quero adicionar esse mais recente: A Única Saída.

Park Chan Wook sabe usar a câmera como poucos, zoom in e zoom out, cernas aéreas, planos abertos e fechados e ele sabe contar uma história.

No começo vemos Mansu e sua família fazendo um churrasquinho com carne especial dada pela empresa de papel onde ele trabalha. Ele, a esposa, o filho e a filha em sintonia na sua casa grande com jardim e dois cachorros.

Acontece que Mansu vem a descobrir que a carne especial não era prêmio e sim uma compensação pela demissão. 

Mansu tenta então arranjar outro emprego na mesma área mas não consegue. Ele trabalha num armazém mas também é demitido. Quando o dinheiro da recisão começa acabar a esposa decide sair das aulas de tênis e volta trabalhar meio período (com um dentista bonitão). Ela também tira a filha autista das aulas de violoncelo e diz que colocou a casa a venda.

Mansu não que se desfazer da casa porque foi nela que ele cresceu, ele é apegado a sua estufa onde ele cuida de plantas e bonsais. E também não quer mudar o estilo de vida o qual ele já se acostumou.

De todas as escolhas que esse homem tem ele decide que a única saída é eliminar os outros concorrentes ao cargo que ele quer numa outra fábrica de papel. Mansu então pesquisa quem são esses outros candidatos e chega a conclusão que terá que eliminar 3 pessoas: dois candidatos e o homem que ocupa a vaga.

Mansu se dedica a sua tarefa mas é meio atrapalhado. Aí tem que ver o filme para saber como essa história de desenrola. E vale a pena.

Tem uma cena inusitada que tenho certeza ficará na cabeça depois de ver esse filme. A trilha sonora é ótima.

A comparação com o Parasita é inevitável porque ambos filmes falam da competitiva sociedade coreana que pode levar as pessoas a extremos.

O Lee Byung Hun está ótimo, geralmente só vejo ele fazendo drama e nesse filme ele colocou a veia cômica para jogo. A esposa dele é a Son Ye Jin que só vejo fazendo papel de mocinha romântica (Pousando no Amor e Something In The Rain) mas nesse filme ela está bem diferente, mais madura.

A Tia Helô acharia tudo um absurdo e diria 417 "Ai, Jesus!" para a bonsai do Mansu.