7.7.13

Domingo Corrido (7)



E chegou a época do ano que os amigos se juntam para a maratona de revezamento. Essa é corrida é animada e exige uma certa organização. Esse ano a equipe já estava definida em maio, mas tivemos que fazer algumas mudanças até o dia da corrida e foi tudo tranquilo.

nosso nº6 correu um pedaço
de costas.

Esse ano achei que tinha menos equipes, talvez porque mudaram a data inicial da corrida (adiaram uma semana por causa da Copa das Confederações). O percurso também mudou e foi para melhor. Mais retas e tiraram a subidinha cruel que tinha no final.

O sol quente foi o mesmo de todo ano, esse não falha. A chuva até ensaiou aparecer, mas foi muito rápida e antes da largada (as 6:30) tinha parado.

Nossa equipe foi muito bem, terminamos os 42km em 4 horas e 10 minutos. Esse ano entraram dois novatos na corrida que foram muito bem. Um deles fez os 5km em 25 minutos e já está escalado para a equipe ano que vem.


Depois volto com um update com o video desse ano. Atualizado.




Outros Domingos Corridos: (1), (2), (3), (4), (5) e (6)


1.7.13

Book Report: Inferno - Dan Brown

Semana passada meu amigo Maurizio ligou da Itália e no meio do papo ele diz:

"Ah, tenho uma para te contar. Há uns 2 anos trabalhei para o Dan Brown..."
"O do Código Da Vinci?"
"Si. Então, quando foi umas duas semanas atrás recebi um e-mail de uma jornalista tedesca (alemã) perguntando o que eu tinha achado de estar nesse último livro do Dan Brown."
"Como assim? Nos agradecimentos?"
"Também achei que era nos agradecimentos, mas ele me transformou num personagem."
"PARA TUDO Maurizio. Vou comprar esse livro AGORA."

Apertei 3 botões no kindle e já estava pronta para ler Inferno.

O único outro livro do Dan Brown que li foi o Código Da Vinci, que achei divertido, e esse novo segue a mesma fórmula.

O Robert Langdon está numa nova aventura onde ele se encontra em Florença, sem saber como foi parar lá, com uma amnésia, e tem que fugir de uma assassina, guardas particulares, polícia, etc. Enquanto ele passeia pelas ruas, palácios, passagens secretas e museus de Florença ele tenta decifrar uma espécie de projeção com uma pintura do Boticelli sobre o Inferno de Dante. Tudo isso com a ajuda de uma médica britânica, Sienna Brooks.

Todo o babado secreto gira em torno da Divina Comédia (mais a parte do Inferno, óbvio) de Dante Alighieri e da vida do mesmo. O vilão, preocupado com a superpopulação mundial, deixa, por Florença e num video que deixou com uma organização secreta que o ajudou, as pistas de onde ele escondeu sua arma biológica. E no meio de tudo isso ainda envolveu a Organização Mundial de Saúde. Com reviravoltas, claro.

Depois de seguir várias pistas/dicas e muitas confusões, Langdon e sua trupe vão até Veneza procurar a tal arma biológica (que não está lá, mas não vou dizer a outra cidade senão é muito spoiler), e é aí que aparece o Maurizio.

Nada de nome trocado, está lá como Maurizio Pimponi mesmo, um motorista de limosine-barco em Veneza, e é descrito como "a strikingly handsome man" e "looked more like a movie star than a skipper". Nada mais justo, o Maurizio é bonito. E dei uma risada quando ele descreve o Maurizio dirigindo a lancha, é igual ele dirigindo um carro na vida real. E ainda faz o Maurizio perguntar aos passageiros "Prosecco? Limoncello? Champagne?". Phyno! Desde já estou curiosa para ver quem vai interpretar o Maurizio no filme (porque vai ter um filme né?).

Ler um livro bestseller onde aparece um amigo seu é tão legal quanto ver na tela tela do cinema num blockbuster, mesmo que numa ponta.

Assim como o Código Da Vinci, também achei esse livro divertido. Tem um bocado de informação sobre a Divina Comédia e o Dante Alighieri que eu não sabia, as descrições das cidades são sempre ótimas e o plano mirabolante do vilão é ótimo. No final detectei uma falha (e nem sou boa nisso) que me fez pensar que: ou o Dan Brown quis ser didático demais até chegar no lugar onde estava a arma biológica, ou ele achou que ia ser uma grande sacada (não foi). Ainda assim a leitura foi boa.

Para quem vai ler o livro para por aqui e volta depois de ler.


SPOILERS a seguir.


Uma das pistas diz: "Follow deep into the sunken palace...for here, in the darkness, the chthonic monster waits". Quando o Robert Langdon explica, e dá exemplo, do que é um chthonic monster o primeiro lugar que pensei foi na cisterna do palácio de Istambul, mas como tudo apontava para Veneza achei que poderia ser algum lugar por lá.

Para minha supresa o Langdon depois conclui que o saco plástico com a arma biológica está em algum lugar em Istambul. Eu achei que iam direto a cisterna, mas não, ainda foram passear na Hagia Sofia para lá o guia dizer que a água acumulada da chuva vai para a tal cisterna. Ficam todos surpresos com a existência da cisterna para logo em seguia o próprio guia dizer que é um ponto turístico, cheio de turistas. Wait, what?

Eu estive em Istambul uma vez e vi a cara da medusa na cisterna. O Robert Langdon, pelo o que ele descreve, esteve na cidade algumas vezes, conhece a beira mar de lá, o Palácio Topkapi, lembra de uma tumba sem graça que viu dentro da Hagia Sofia mas não sabia da cisterna?? Ah, Dan Brown, assim não. Mesmo para quem nunca esteve em Istambul, ao fazer o guia dizer que a cisterna é uma atração turística já deixa o Langdon com cara de bobo.

29.6.13

Analisando a música: I Predict a Riot (Kaiser Chiefs)

O país está passando por um momento importante onde a gota d'água dos 20 centavos proporcionou uma onda de manifestações que estão resultando em mudanças e chamando atenção dos políticos (finalmente!). Apoio várias. Espero que esse momento continue até as próximas eleições, e que venham novos candidatos, porque se os políticos já começaram a sentir a batata assar é porque está funcionando.

E com todas as manifestações acontecendo (as vezes resultando em episódios violentos), decidi analisar essa música do Kaiser Chiefs.

Essa banda inglesa, de Leeds, tem músicas ótimas e veio numa leva boa de bandas britânicas junto com Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, The Libertines, Bloc Party e outras. É uma banda que tenho vontade de ver ao vivo porque toda vez que aparece um show deles na tv (nesses festivais) tenho a impressão que é muito animado, o Ricky Wilson me parece um excelente front man.

I Predict a Riot, o maior sucesso da banda, e é do primeiro album Employment, de 2005. Esse album tem outra música que gosto muito: Everyday I Love You Less and Less. O segundo album da banda se chama Yours Truly, Angry Mob, que poderia ser a assinatura de uma carta ao Congresso Nacional. O Kaiser Chiefs ainda tem mais dois albuns: Off With Their Heads e The Future is Medieval.

Mas vamos a I Predict a Riot que, como o nome diz, é sobre uma possível desordem, confusão, tumulto, que pode acontecer na saída de um bar ou boate no fim de noite (ou depois que algumas pessoas beberam além da conta). Aparentemente isso é bem comum em Leeds.

No forum alguns falaram que é sobre os chavs, jovens que bebem e provocam confusões, se vestem com agasalhos esportivos e muito bling.

A revolta da música não é política, é pelo pub fechar cedo e acabar a cerveja. Prioridades, né?

Watching the people get lairy
It's not very pretty I tell thee
Walking through town is quite scary
And not very sensible either
A friend of a friend he got beaten
He looked the wrong way at a policeman
Would never had happend to Smeaton
And old Leodiensian

Então ele está lá vendo o pessoal ficar lairy, que é uma gíria para agitado, violento. Agora imaginem jovens bebuns na saída do bar loucos para aprontar muitas confusões. Pois é. Não é bonito. (Ele usa 'thee', que é inglês arcaico, só para rimar. Acho chique.) Claro que dá medo andar pela cidade e nem é muito sensato. Aí ele conta que um amigo de um amigo apanhou porque olhou torto para um policial e que isso nunca teria acontecido com o Smeaton. Também não aconteceria com um velho habitante de Leeds - leodiensian. Quem diabos é Smeaton? Deve ser algum fodão de Leeds que não leva desaforo para casa. (segundo o pessoal do forum, John Smeaton era um engenheiro civil de Leeds, em 1700 e alguma coisa,)

Laaaa lalalalalala
I predict a riot, I predict a riot

Assim até eu prevejo uma balbúrdia.

I tried to get in my taxi
A man in a tracksuit attacked me
He said that he saw it before me
Wants to get things a bit gory
Girls run around with no clothes on
To borrow a pound for a condom
If it wasn't for chip fat, well they'd be frozen
They're not very sensible

Ele tenta entrar no taxi mas o rapaz com o agasalho esportivo (Adidas?) o atacou dizendo: "sai daí mané, cheguei antes e esse taxi é meu, porra!". O fofo está procurando uma briga, quer ver sangue. Aí ele vê as meninas correndo sem roupa. Pausa. Quem já foi na Inglaterra sabe que as garotas vão para a noite com micro saias e mini tops, porque moram num país tropical mesmo que esteja fazendo temperaturas de congelar cerveja. Então acho que quando ele fala sem roupa = sem casaco. Ok, moving on. Elas estão pedindo uma libra emprestada para comprar camisinha. Sexo seguro sempre! E ele diz que se não fosse a gordura das batatas fritas elas teriam congelado. Finalmente alguém explicou como essas garotas criam resistência ao frio!! É óbvio que essas meninas não são sensatas.

I predict a riot, I predict a riot

Então temos: bebuns violentos, rapazes vestidos com agasalhos esportivos querendo briga e meninas correndo atrás de camisinhas. Noite cheia de burburinho essa em Leeds, hein? É fácil ver uma agitação chegando.

And if there's anybody left in here
That doesn't want to be out there

E aí gente, ainda tem alguém aqui dentro que não quer estar lá fora? Então fica que o tumulto já está armado.

Watching the people get lairy
It's not very pretty I tell thee
Walking through town is quite scary
And not very sensible either

I predict a riot, I predict a riot

O que aprendemos com a noite de Leeds? Quando você ver o pessoal ficando lairy, vai para casa que a algazarra vai começar.


O video é ótimo. Se for para fazer confusão que seja com uma guerra de travesseiros.

27.6.13

Arena Castelão


E foi na semifinal da Copa das Confederações que conheci a nova Arena Castelão. O estádio está muito bonito, tudo novo, limpo e preparado para os torcedores. A ida foi muito tranquila, organizada, os bolsões funcionaram bem, o ônibus que peguei saiu do Centro de Eventos e parava 1,5km do Castelão.

no caminho



Chegamos, andamos e entramos para ver Itália x Espanha, um clássico europeu em terras cearenses.


Ainda do lado de fora do estádio, mas já dentro do complexo, tinha stands dos patrocinadores numa espécie de praça da animação, tinha um stand de cerveja mas nada de comida. Para comer só dentro do estádio e o cardápio era limitadíssimo: batatas de saquinho e cachorro quente safado. Olha, Fifa, pode melhorar isso aí viu?

reporter

Dentro é incrível. A grama é tão verdinha que parece artificial, e fica sendo aguada até a entrada dos times para o aquecimento.

aquecimento

Fiquei atrás do gol, que eu acho um ótimo lugar para ver o jogo. A torcida local era quase que toda para Itália, mas quem lê o blog sabe que torço para a Argentina mas não torço para a Azurra. Então eu era Espanha junto com outras três pessoas do meu lado.


O tempo normal terminou no 0 x 0, foi para prorrogação, a Espanha até se animou, mas não fez gol. E aí: penaltis.


Ainda bem que um dos italianos chutou para fora. E assim a Espanha vai enfrentar o Brasil na final.

iniesta batendo o penalti

A volta do estádio foi um pouco bagunçada, os ônibus passavam lo-ta-dos e voltei espremida, mas valeu a pena.

13.6.13

Game of Thrones

Essa terceira temporada da série foi muito boa, então, vamos falar de Game Of Thrones.
Antes, duas coisas: 1) não li os livros (estou de um lado do fosso entre quem só vê na tv e quem leu) e 2) vejo essa série como assisto a novela, não vou atrás de spoilers, nem fico me aprofundando no background dos personagens, aliás, não sei o nome de vários deles. O máximo que faço é ler algum review mais detalhado depois de ver os episódios para ver se perdi alguma coisa importante.



Claro que não sei de muitos detalhes que obviamente só estão nos livros, é gente demais para a série dar conta só com 10 episódios por temporada, algumas coisas ficam mal explicadas, mas investiram bem nos detalhes e é uma série boa de assistir, principalmente quando nos pega de surpresa. (aliás, surpresa mesmo só para quem não leu os livros como eu)

Com SPOILERS.

A primeira temporada nos apresentou a esse mundo que pelo que entendi tem todo tipo de clima (do árido a florestas molhadas, a tundra, praias com penhascos) com vários micro-reinos de várias famílias (ou casas) que são dominados por quem senta no Trono de Ferro. Tudo isso está na abertura sensacional.
O Trono de Ferro é como o Um Anel, one to rule them all, mas sem poderes mágicos (até agora) e tem um bocado de gente querendo sentar nele. Além disso tem uma muralha protegendo tudo isso. Do que eu não tenho certeza, por enquanto acho que é dos White Walkers, uma espécie de zumbi da neve. E ainda tem a ameaça do inverno que está vindo mas nunca chega.
Nessa primeira temporada conhecemos todos os Starks, a família dos lobos: Stark Pai, Lady Stark, filhos legítimos (3 homens: Robb, Stark Filho e Baby Stark, e 2 mulheres, Arya e Stark Ruiva) e o Stark Bastardo (Jon Snow).
Também conhecemos o Rei Robert Baratheon, que ocupa o Trono de Ferro, e sua adorável (só que não) família: sua esposa, a bitch Cersei (da família Lannister), o filho dos infernos Joffrey (que tem irmãos que nunca aparecem), os cunhados Sawyer Jamie e o genial anão Tyrion. Nesse nucleo tem  um babado fortíssimo: a Cersei e o Sawyer Jamie são amantes incestuosos e pais do Joffrey.
O Stark Bastardo é mandado para a muralha onde tem uma espécie de exército celibatário e o Stark Pai vai com as filhas (a Ruiva e a Arya) para o reino ser a mão direita do Rei Robert.
Enquanto isso do outro lado do mundo a Daenerys, herdeira de ovos de dragões e filha do rei anterior (que era louco), é forçada a casar com o Drogo (um fortão que é tipo rei de um povo que adora cavalos). Ela sofre um bocado, mas aprende muito e no fim prova que é a verdadeira Mother of Dragons.
E logo nessa temporada aprendemos que não devemos nos apegar a nenhum personagem. Matam logo o Rei Robert. O Stark Pai descobre que o Joffrey é filho do incesto e ameaça contar para todo mundo que o Rei não tem herdeiro legítimo (mas tem um bastardo que trabalha de ferreiro). O que o Joffrey, agora Rei adolescente gente boa, faz para o Stark Pai calar a boca? Corta. A. Cabeça. Na frente da filha Stark Ruiva.
Portanto, terminamos a primeira temporada com: a Arya começando sua saga como crossdresser fazendo amizades pouco saudáveis mas que a ajudam; o Joffrey vira Reizinho; o Robb Stark gostosão (o Stark legítimo mais velho) vai lutar pelo trono; Jon Snow (o Stark Bastardo) fica congelando com os novos amigos na muralha, e o Tyrion se safou e conseguiu escapar da prisão para quem tem medo de altura e da rainha, irmã da Lady Stark, que dá de mamar para o filho de 10 anos.

Isso tudo e ainda tem uns coadjuvantes como: o dono do bordel, o eunuco fofoqueiro, o conselheiro da Mother of Dragons, o Hound, o segurança particular do Tyrion, etc.

Confesso que a segunda temporada, para mim, foi um pouco cansativa, quase desisti. Apertei o botão de FF algumas vezes. Contudo, foi nessa temporada que conhecemos melhor o patriarca da família com a dinâmica mais interessante de todas: os Lannisters. Papai Lannister gosta do poder, quer o Trono de Ferro, não tem direito de sangue a ele, mas colocou o netinho psicopata lá por enquanto. A melhor coisa dessa segunda temporada é a interação com a Arya, que vira servente dele por um tempo.
No resto tem uns outros candidatos a Rei na parada: o Stannis, irmão do Rei Robert, que tem uma amiga bruxa que dá a luz ao monstro de fumaça de LOST; tem o outro irmão do Rei Robert que é gay (nem me dei o trabalho de decorar o nome dele porque morreu logo e a esposa dele é ambiciosa); tem um que todo mundo quer ser amigo porque tem navios e mora nas Ilhas de Ferro; Robb Stark quer colocar sua beleza no Trono de Ferro, e tem a Mother of Dragons correndo por fora.
Robb combina com o Theon Greyjoy de pedir os navios do pai dele, mas claro que isso não dá certo, o pai do Theon também quer ser Rei. Todo mundo é enganado.
A Mother of Dragons passa a temporada inteira numa cidade fazendo política para tentar conseguir um exercito (e esperando os dragões crescerem o suficiente para cuspir fogo).
Tyrion, nosso querido anão fanfarrão, está tentando segurar as pontas do Reizinho Psicopata e ajuda na batalha de Kings Landing (a capital dos reinos onde fica o Trono de Ferro).
O Stark Filho que foi jogado pela janela (pelo Sawyer Jamie) descobre que tem poderes.
O Sawyer Jamie é prisioneiro do Robb Stark que por sua vez casa com uma enfermeira enquanto estava prometido para outra mulher.
O pessoal da muralha vai passear na neve do outro lado, Jon Snow arranja uma namorada e o gordinho vê os tais White Walkers que todo mundo tem medo.

Aqui um recap da primeira e segunda temporadas.

Chegamos a terceira temporada.
Papai Lannister e sua família estão em Kings Landing. Papai Lannister manda em tudo e todos, afinal, é ele quem assina os cheques. Cersei se vê noiva um rapaz que gosta de rapazes só porque ele é de uma família que tem muita grana, os Tyrell (com uma matriarca tão boa quanto a Dowager Countess de Downton Abbey). Tyrion se torna contador do reinado e é obrigado a casar com a Stark Ruiva (que se livrou de casar com o Reizinho Psicopata) e ainda tem que aguentar o ciúme da namorada (que é servente da Stark Ruiva) e o amor/ódio que Papai Lannister tem dele. Joffrey, o Reizinho Psicopata, fica noivo da irmã do noivo de sua mãe que é a ex-mulher o tal candidato gay ao trono que morreu na temporada passada. Papai Lannister coloca seu netinho reizinho nos eixos quando precisa, mas deixa ele brincar com sua besta acertando mulheres à flechadas, um fofo.
O filho querido do Papai Lannister, Saywer Jamie, passou a temporada passeando com sua nova amiga Brienne, fizeram um dos melhores casais sem ser da temporada, ele a defendeu, ela o salvou, ele perdeu a famosa mão que matou o Rei, os dois sofreram, mas superaram e chegaram em Kings Landing. Passei a temporada querendo ver a cara da Cersei vendo o Sawyer Jamie chegando com a Brienne, mas ele entrou no quarto dela sozinho. Fica para a 4a temporada.
Jon Snow trocou os amigos da muralha pela namorada, perdeu a virginade, e logo depois acabou o namoro voltando para a galera da muralha, mas não sem levar da moça uma flechadas merecidas.
O Stark Filho que foi jogado da janela melhorou seus poderes visionários e está indo com seus novos amigos para a muralha atrás dos White Walkers (e ele mandou o irmãozinho para casa até a gente esquecer que ele existe).
Arya, coitada, é um sofrimento só. Virou prisioneira de um bando (que tem um cara que volta da morte várias vezes), teve seu BFF Gendry (o filho bastardo do Rei Robert) levado pela bruxa-mãe-do-monstro-de-fumaça, foi pega pelo Hound e viu o lobo do seu irmão Robb sendo morto. Não está fácil para ela. Acontece que a Arya é a Stark com mais culhões e já tem uma listinha de pessoas de quem ela quer se vingar. Aguardo essa Revenge.
O Gendry foi com a bruxa mãe-do-monstro-de-fumaça para o castelo do Tio Stannis ser torturado com umas sanguessugas (ele tem sangue de rei) para fazer feitiços contra Robb Stark. Felizmente o capitão-esqueci-o-nome o libertou e ele agora está boiando num bote no meio do mar até a 4a temporada.
Não dei muita bola para a tortura do tal do Greyjoy, mas o torturador degustando uma linguiçinha depois de ter, hum, cortado o wurst do Greyjoy e mandar pelo correio para o pai dele foi demais. A irmã do Greyjoy está indo buscá-lo com os marginais barra pesada das Ilhas de Ferro.
Mother of Dragons foi estrela nessa temporada. Conseguiu: dois exercitos de escravos livres, mostrou que com os dragões não se brinca e ainda arranjou um namorado. #TeamMotherOfDragons Mal posso esperar essa mulher chegando perto do Trono de Ferro. Voto para um dos dragões comer a cabeça do Joffrey.
Porém, tenho que me lembrar que não posso me apegar muito, afinal foi nessa temporada que vimos o Red Wedding. Fiquei passada! É sempre no nono episódio da temporada que alguma coisa assim acontece. Dessa vez, numa festinha de casamento, mataram logo o gostosão do Robb Stark, sua mãe Lady Stark e sua esposa grávida. Todo esse sangue derramado porque o Robb Stark deixou de se casar com uma das filhas do Walder Frey lá na segunda temporada, e o Frey se vingou com ajuda do....wait for it.....Papai Lannister e do vira-casaca Bolton.
Robb Stark, I'll miss you, mas confesso que gosto mesmo é do anão Tyrion e do Sawyer Jamie. Como são filhos do Papai Lannister acho que vão ficar mais um tempo na série.

RIP Robb

Concluindo: os Lannisters estão todos vivos e aprontando muitas confusões em Kings Landing. Os Starks foram resumidos a: Arya Vingativa, a Stark Ruiva, Stark Filho que foi jogado da janela, Baby Stark banido até ter idade para voltar e Jon Snow, o Stark Bastardo. Os Baratheons, verdadeiros herdeiros do trono, só tem o Stannis que depende da feiticeira mãe-do-monstro-de-fumaça e o bastardo Gendry. Os Targaryens tem a Mother of Dragons com seu exercito e estão bem na fita.

Que venha a quarta temporada! 

11.6.13

O Grande Gatsby

O Grande Gatsby é um dos livros que gosto muito. O F. Scott Fiztgerald fez sua obra mais conhecida  escrevendo sobre a vida dos ricos nos EUA dos anos 1920 (pré crash da bolsa) e de quebra contando a história de amor do Jay Gatsby e sua Daisy.

Jay Gatsby é um homem de mistérios. Mora numa mansão faraônica, dá festas inesquecíveis com milhares de convidados, mas poucos o conhecem de verdade. Um dia ele ganha um vizinho que pode ajudar nos seus interesses. Gatsby só tem UM objetivo para o verão que é chamar atenção da mimada/entediada/chaaaata Daisy. O Gatsby foi dispensado pela Daisy porque era po-bre e ela casou com outro de família quatrocentona. Gatsby levou isso a sério e foi ganhar dinheiro. Alguns anos depois ficou ricaço, comprou a mansão do outro lado da baía, começou a encher a casa com pessoas interessantes na esperança que um dia a Daisy aparecesse. Gatsby tem muito dinheiro, mas não tem o pedigree que ele tenta disfarçar contando mentirinhas que não convencem ninguém. Ele faz qualquer coisa pela Daisy.

O filme é bem fiel ao livro, inclusive nas falas e nas cenas principais (a do Gatsby jogando as camisas ficou linda!). Baz Luhrmann impôs seu estilo que se encaixou bem na história. As festas são fantásticas. Eu gostei.

Leo DiCaprio é o grande trunfo desse filme. Ele abraçou o Jay Gatsby e todas suas nuances, do homem charmoso, de negócios escusos, ao inocente sonhador (arrisco dizer que ele me pareceu até mais interessante do que o do livro). A Daisy (Carey Mulligan) desse filme me pareceu menos entediada, mas ainda assim conseguiu se manter na linha que mostra a mulher que o Gatsby sonha que ela é e quem ela realmente é. Também gostei muito do Joel Edgerton (leitinho australiano) que faz o Tom, marido abusivo e traidor da Daisy, com propriedade. Toby Maguire está bem como Nick Carraway, o vizinho camarada e narrrador do babado.

Só não entendi uma coisa: por que colocaram o Nick Carraway num instituto psiquiátrico? Ficou parecendo Moulin Rouge onde o autor só escreve depois de algum tipo de trauma.

Toda vez que os anos 1920 aparecem em filmes ou é em preto e branco (os antigos) ou tem tons pastéis e muito preto. Baz Lurhmann trouxe seu colorido e exagero para os roaring twenties como força total. E, claro, uma ótima trilha sonora.

A Tia Helo ia ficar escandalizada com aquela festança toda 586 "Ai, Jesus!" para Gatsby and friends.

9.6.13

Momento TOC: Top 10 basslines

O baixo é um instrumento quase que coadjuvante numa banda. Todo mundo presta atenção nos riffs das guitarras e baterias frenéticas marcantes, mas o baixo está lá para dar ritmo a coisa. Muitas vezes é sutil, mas em outras aparece com vontade. Como gosto de um som grave sempre presto atenção, então decidi fazer uma lista das 10 basslines (linhas de baixo) que acho mais marcantes. Aquelas que fazem a gente colocar dois dedos (indicador e médio) na altura da pança e tocar baixo imaginário.

10. Good Times - Chic. Essa nem é rock, é disco music anos 1970, mas o Daft Punk no seu sucesso recente, Get Lucky, ressuscitou o Nile Rodgers, ex- guitarrista do Chic, e me fez lembrar desse funk.
09. Men In Love - Gossip - toda vez que essa música pipoca no iPod fico com a linha de baixo na cabeça.
08. Billie Jean - Michael Jackson. O que seria de Billie Jean sem a linha de baixo inicial?
07. Give It Away - Red Hot Chilli Peppers. O Flea é um baixista muito louco e bom, essa música é toda dele e seu baixo.
06. Another Brick In The Wall- Pink Floyd. O Pink Floyd tem Money que é um clássico da linha de baixo, mas eu gosto mesmo é de Another Brick In The Wall.
05. Every Breath You Take - The Police. O The Police tem várias músicas com baixo marcante, Roxanne, Spirits In The Material World, etc, mas é o baixo de Every Breath You Take, uma música que marca desde o primeiro acorde. Ah, não vamos esquecer que o baixista do The Police é o Sting. 
04. Under Pressure - Queen feat. David Bowie - John Deacon é um excelente baixista é dele a linha de baixo que não deixa essa música sair da sua cabeça.
03. Hysteria - Muse. Uma linha de baixo nervosa. Adoro.
02. Come Together - The Beatles - Uma banda que tem o Sir Paul McCartney como baixista só podia ter muitas músicas com baixo marcante, fica até difícil escolher. Além de Come Together, Taxman também sobressai. E gosto muito do baixo metido em Something.
01. Another One Bites the Dust - Queen- A voz do Freddie Mercury praticamente acompanha a linha de baixo que é a estrela dessa música. 


Bonus Track: Psycho Killer - Talking Heads. O baixo inicial, e no resto da música, é tão eficiente quanto as facadas do Norman Bates.

1.6.13

Faroeste Caboclo

A Legião Urbana foi uma das bandas mais importantes para início do rock nacional. Gosto das músicas dos três primeiros albuns (já o Quatro Estações acho chato pacas). Vi o Legião Urbana ao vivo no começo, gosto da voz grave do Renato Russo, mas abandonei depois que viraram uma espécie de culto com fãs fervorosos.

Anyway, duvido alguém da minha geração (e a seguinte) não saber a letra de Faroeste Caboclo in-tei-ra, gostando ou não. A primeira vez que escutei essa música foi no lançamento do Que País é Este? quando um amigo chegou com o LP lá em casa e disse: vamos escutar essa música enorme. (Para quem nunca viu um LP, dava para saber a duração da música só olhando para o tamanho da faixa)

E escutamos os 9 minutos (!) da música para saber o que acontecia com o tal João de Santo Cristo.

Faroeste Caboclo foi composta pelo Renato Russo antes dele formar a banda. Com o sucesso do Dois (o segundo album), a gravadora queria outro album para já, mas eles não tinham muitas músicas novas prontas e foram fuçar no fundo do baú.

Assim que soube que iam fazer um filme da música fiquei curiosa para ver o resultado e gostei muito. O filme não segue a música a risca, mas tem todos os pontos importantes. É um filme pesado, com todos os problemas que o João de Santo Cristo enfrentou, e sabemos que essa essa história não termina bem. (Dificilmente darei algum spoiler)

Os primeiros acordes da música aparecem logo no início do filme e daí para frente nos momentos principais toca uma variação instrumental da mesma. A fotografia é muito boa, Brasília nos anos 1970/1980 era aquilo mesmo. E as referências aos filmes de western também estão todas lá.

Ao longo do filme, vendo as imagens, vem logo trechos da música na cabeça: "ainda mais quando com tiro de soldado o pai morreu"; "saindo da rodoviária viu as luzes de natal"; "era temido e destemido no Distrito Federal" e a minha preferida "e nisso o sol cegou seus olhos...". A única frase da música que é de fato usada no filme é "logo os malucos da cidade souberam da novidade" e um grita "tem bagulho bom aí!".

O primo Pablo, o peruano que vivia na Bolívia,  aparece numa versão tensa, mas é amigo. O Jeremias, traficante de renome, não está para brincadeira e faz o João ir para o inferno mais do que duas vezes. E a Maria Lucia, aquela menina falsa para quem ele jurou amor, é uma estudante de arquitetura filha de senador que adora fumar um baseado, anda um pouco entediada e se apaixona pelo João. Faroeste Caboclo também é uma história de amor.

Claro que a Winchester-22, a arma que o primo Pablo deu, faz sua aparição estelar e a última cena é fantástica.

Confesso que senti falta do sorveteiro no confronto final, mas a via crucis do João do filme não vira circo e achei justo o duelo intimista entre ele e o Jeremias com a participação especial da Maria Lucia.

Nas letrinhas no final Faroeste Caboclo toca na íntegra para quem nunca escutou a música (existe isso?) saber do que se trata e para quem esqueceu lembrar.

A Tia Helo ia ver esse filme com os olhos tapados, 719 "Ai, Jesus!" para Faroeste Caboclo, e o Jeremias do filme nem é crente.

25.5.13

Séries: fim de temporada

Vamos a um apanhado do final da temporada. Com possíveis spoilers, claro.

Arrow - uma ótima surpresa, pipocão de primeira. É uma série ágil, o Oliver Queen continua interessante, tem o melhor shirtless da tv e o season finale foi uma surpresa. Só gostaria de pedir aos roteiristas para não colocarem diálogos importantes enquanto o Oliver está malhando.
Hawaii 5-0 - ainda me divirto com essa série. McGarrett e Danno: o melhor casal das séries, bromance dos bons. A mãe do McGarrett quase contou o grande segredo do Wo Fat que todo mundo já sabe, mas ficou para a próxima. E se eu fosse a Kono também iria embora com aquele namorado maravilhoso dela.
Chicago Fire - os bombeiros renderam ótimos episódios, os resgates são incríveis, é um novelão e é bom.
Falando em novelões, Nashville é dona do título. Me surpreendi com a atuação da Hayden Panettiere (que parece o nome da padaria aqui do lado de casa), ela faz a gente querer que a chata da Juliet se de bem. É drama que não acaba mais e as músicas até que são boas.
Na mesma linha tem Scandal, que vi a primeira temporada e não achei nada demais, mas a segunda foi muito boa com um cliffhanger profissional no fim. E tem o presidente dos EUA mais charmoso ever (apesar dele ser quase uma criança birrenta).
Revenge teve uma temporada irregular, mas o season finale teve um pouco de tudo: bomba, gente incriminada, morte misteriosa, revelações bombásticas. Aguardo a próxima.
The Good Wife - a boa esposa terminou a temporada tomando uma decisão que acho que vai ter mais resultados a longo prazo. Não gosto do marido dela e acho que ela patina na hora de resolver os problemas pessoais. Adorei o episódio com o John Noble. Tentaram fazer um suspense na cena final, mas não enganaram ninguém.

Elementary - Sei que todo mundo adora o Sherlock Holmes da BBC (inclusive eu), o Benedict Cumberbatch é genial, mas o Jonny Lee Miller fez essa série policial com caso do dia ficar muito interessante. Palmas para ele. E gosto da Watson da Lucy Liu. Gostei do episódio final, revelaram o Moriarty cedo demais (mas foi uma surpresa e tanto!), não sei o que esperar da próxima temporada.
Hannibal - Já que comecei a falar das atuações, o Hugh Dancy é outro que surpreendeu com seu Will Graham, e olha que o Hannibal do Mads Mikkelsen mostou a que veio. Os casos (extremamente bizarros) nessa série são só coadjuvantes para a relação entre os personagens principais. A terapeuta do Dr. Lecter é a Scully. Apenas. Os diálogos são ótimos, é visualmente incrível, mas é uma série pesada. Tenho a impressão que acabei de achar uma série queridinha. Por favor não cancelem!
Entrando nos serial killers, Bates Motel não tem a riqueza visual de Hannibal, mas Norma e Norman não brincam em serviço, a Vera Farmiga acertou o tom da mãe do serial killer e é possível ver o futuro nos olhos do garoto. Como eu disse, Dexter tem concorrentes a altura.
The Following me deixou confusa. Gostei de algumas coisas, mas o FBI mais lento que a internet da TIM dava muita raiva. O Kevin Bacon salvou muita coisa ali, não sei se vou ver a segunda temporada.
Criminal Minds ainda tem gás.

Grimm - uma série que eu não assistia, comecei a ver na tv e gostei. É da linha sobrenatural, um detetive descobre que faz parte de uma linhagem de Grimms (são capazes de ver os seres monstruosos que pessoas aparentemente normais escondem, tipo lobisomens e tal), mas é boa, pelo menos a gente aprende um bocado de palavras em alemão. E passa em Portland, lugar certo para festa estranha com gente esquisita. Ok, confesso, foram os olhos azuis/verdes do Detetive Buckhart que me prenderam.

The Americans fechou bem a primeira temporada. Adoro ver como os espiões russos se viram na década de 1980 sem celulares e outras gadgets modernas que devem ter facilitado o ramo. E o drama é bom.

Comédias: The Office acabou e aguardo outra tão boa quanto para ocupar o lugar. Community teve uma temporada muito estranha, alguns episódios foram ótimos e outros muito sem graça, mas ganhou outra temporada. Parks and Recreation terminou essa temporada com o Ron na expetativa de ser pai e o casamento da Leslie com o Ben foi lindo. New Girl teve o melhor beijo da temporada e muitas situações divertidas. How I Met your Mother, nessa 7ª temporada ficamos sabendo como Ted conheceu a mãe (ela tocava na banda no casamento da Robin com o Barney) e até vimos a cara dela, então decidi abandonar essa série, não me interessa saber os mínimos detalhes desse encontro. Também abandonei Modern Family.

Das que terminaram ainda no ano passado ou no início desse ano: Homeland correu para o abraço deixando mais um cliffhanger de respeito para a 3a temporada. Espero que o Quinn volte. Dexter teve um assassino amigo a altura, o Isaak, lindão e charmoso (queira que ele e o Dex ficassem amigos para sempre), pena que teve um fim, mas a Deb descobriu tudo sobre o Dex e a próxima temporada (que é a última) promete. Downton Abbey teve duas mortes inesperadas uma no meio da temporada e outra no maldito episódio de natal (onde tudo acontece). Que venha a próxima temporada. Mas a minha séire inglesa favorita do momento é Ripper Street, que fez uma temporada sólida e tem uma reconstituição de época excelente. Sons of Anarchy foi cruel, não sei se tem muita esperança para o Jax na próxima temporada, mas vou assistir.

Mad Men ainda não terminou, mas está com uma temporada muito boa (como sempre). Só não curti Don Draper 50 tons de cinza e Don Draper on drugs, assim fica cada vez mais difícil saber quem é esse homem. E quero saber quem é o Bob Benson e o que ele veio fazer.
Game of Thrones está com uma ótima 3ª temporada, só pulo as partes do Greyjoy, o resto está bom. Passei a gostar tanto do Sawyer Jaime Lannister que até esqueço que ele jogou o garoto da torre na 1ª temporada. Jaime e a Brianne fazem o melhor casal (sem ser) da série. E sou team Daenerys e seus dragões até o fim.

Que venha a midseason com True Blood.

22.5.13

Analisando a música: Locked Out Of Heaven (Bruno Mars)

Semana passada estava num treino de corrida cansativo e quando estava quase para desistir o shuffle do iPod me mandou essa música que eu nem sabia que tinha (as vezes pego músicas que só vou escutar muito tempo depois, valeu shuffle!) e foi uma injeção de ânimo para continuar.

Fiquei curiosa para saber do que se tratava essa música que gruda como chiclete na cabeça e que você não esquece por dias.

A primeira vez que vi o Bruno Mars numa dessas premiações achei que era alguém fazendo um cosplay do Michael Jackson na época do Off The Wall, e ele tem aquele tom de voz alto. Melhor, se Michael Jackson e Prince tivessem um filho, ele seria o Bruno Mars.

Depois descobri que, além do Bruno Mars ser havaiano, ele tinha um bocado de hits pop que estavam fazendo sucesso por aí: Grenade, Just The Way You Are, The Lazy Song e Marry You. Ele até tem um Grammy de melhor vocal pop.

Locked Out of Heaven é do segundo album do Bruno Mars, Unorthodox Jukebox, de 2012, do qual só conheço essa música, por enquanto. Devo ter colocado no iPod porque o início é puro The Police, tem um baixo marcante bacana e daqueles refrões de levantar os braços.

É uma música sobre.....wait for it.... amor e sexo ou sexo e amor, porque as vezes é tudo a mesma coisa. Quem nunca?

(levanta a mão quem achou que eu ia dizer que era sobre fim de relacionamento)

Com tanto UH! na música a gente só pode pensar em uma coisa né? Vamos averiguar.

Oh yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, UH!

Dez em dez pessoas acharam essa batida do início a cara do The Police, mas o Bruno Mars disse que não estava pensando no Sting e cia quando compôs. Com esse começo cheio de ohs, yeahs, e UH! a primeira pessoa que penso é o Sting. Just saying.

Never had much faith in love or miracles (miracles) UH!
Never wanna put my heart on the line UH!
But swimming in your world is something spiritual (spiritual) UH!
I'm born again every time you spend the night UH!

Ele confessa que nunca acreditou no amor e nem em milagres e que não queria arriscar seu precioso coraçãozinho (mas outras coisas que fazem UH! ele arrisca). Alguém perguntou para o Bruno Mars qual era a frase preferida nessa música e ele disse que era "Swimming in your world is something spiritual". Concordo. Essa analogia de nadar no mundo alheio é boa, gosto de coisas com água. E ele está dizendo que não é só um corpinho. UH! Também pode ser uma metáfora para sexo. Ui Ui Ui. Olha, gente, fazer o outro renascer toda vez que UH! é um poder e tanto que essa pessoa tem.

'Cause your sex takes me to paradise
Yeah your sex takes me to paradise
And it shows, yeah, yeah, yeah
'Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long, for too long
Yeah you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long, for too long

Acontece que o Bruno Mars é direto e manda na lata "sexo bom que me leva ao paraíso! Tão bom, mas tão bom, que antes disso parecia que estava trancado do lado de fora do céu por tempo demais!" Estava trancado com cadeado, correntes, senha e tudo mais, mas agora descobriu o segredo. UH!

You bring me to my knees
You make me testify (testify) UH!
You can make a sinner change his ways UH!
Open up your gates 'cause I can't wait to see the light UH!
And right there is where I wanna stay UH!

Ela o faz ajoelhar e testemunhar, confirmar, mostar, etc, (provavelmente o poder que ela tem). UH! Ele diz que ela pode fazer um pecador mudar seu jeito (mas não necessariamente deixar de ser pecador, se é que vocês me entendem. UH!). "Abre esses portões que mal posso esperar para ver a luz! E é aqui que quero ficar." Definitivamente essa música é uma transa cantada. Sexy. UH!

Cause your sex takes me to paradise
Yeah your sex takes me to paradise
And it shows, yeah, yeah, yeah
'Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long, for too long...

E cá estamos no paraíso outra vez. Deixa o cara aproveitar, foi tempo demais trancado do lado de fora, too looooooooog, too loooooooog.

Oh, oh, oh, yeah, yeah, yeah
Can I just stay here
Spend the rest of my days here

O clímax da transa música. E depois que entra, quem quer sair? Vamos ficar aqui para sempre. UH!

'Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long, for too long
Yeah you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long, for too long

Vai Bruno Mars, esquece que estava trancado so lado de fora, já te deram a chave, abre esse cadeado e entra no paraíso! A senha é UH!

Oh, yeah, yeah, yeah, UH!

Agora sei porque me animou tanto na corrida. Aperta o play e boa sorte em tentar tirar essa música da cabeça. UH!




19.5.13

Corrida de Domingo

Depois da última corrida de 5km me inscrevi nessa de 10km da Unifor. Essa corrida geralmente acontece em dezembro, mas ano passado não teve e esse ano resolveram fazer em maio. O bom dessa mudança foi que nessa época não é tão quente e, como hoje, as vezes chove. Até amanheceu friozinho.

baixas temperaturas
acreditem, isso aqui é frio.

Depois de passar quase 1 mês com uma gripe/virose iô-iô, só voltei a correr de fato há duas semanas e isso não é tempo suficiente para treinar para 10km. Como consigo correr 5km normalmente, a tática para essa corrida era correr até o ponto de água, andar um pouco, correr até o próximo ponto de água, andar, e assim vai (os pontos d'água eram a cada 3km) E funcionou bem, consegui terminar a corrida inteira. Yeah!
largada

Antes da largada choveu forte por 10 minutos, mas durante a corrida não caiu um pingo. A chuva deixou poças d'água gigantescas e não teve um pé seco.

quase uma piscina

O percurso era ótimo, passava por uma área quase rural da cidade, e mais por dentro da universidade que é bem arborizada. Mesmo se não tivesse chovido para amenizar a temperatura, acredito que seria mais fresco do que correr no meio dos prédios. No fim teve a pista de corrida, que é a minha parte preferida, é como correr num colchão, pena que são só os 300 metros finais.

na comunidade
dessa vez tinha gente dando força
no campo
olha, uma vaca!
de volta a avenida
a gente indo e os outros voltando
dentro da universidade
melhor parte: a pista de corrida
eu e o nick inteiros no fim
(já o cara ali atrás nem tanto)
chegada, sua linda!
a medalha

17.5.13

The Office, the end.

Esse ano tive que dar tchau para a Fringe, 30Rock e agora The Office.

The Office era uma das minha séries favoritas. Vi a versão inglesa e depois comecei a ver a americana. Durante 7 temporadas acompanhei tudo, até tenho as três primeiras em DVD e o bobblehead do Dwight.

Já falei da série aqui, coloquei o Dwight na minha lista de nerds na tv, Jim e Pam nos casais mais legais, muito amor pelo Jim, e falei sobre a despedida do Michael Scott.

(com spoilers)

Não tinha série de comédia que eu esperava mais para ver na semana.

Depois que o Michael Scott saiu, no fim da 7ª temporada, e colocaram o chato do Andy no lugar dele parei de ver. O Ed Helms ganhou fama depois do Se Beber Não Case, mas o personagem dele sempre foi insuportável e piorou sendo o chefe do escritório. Por mim teria saído de vez quando foi fazer anger management lá na 3ª temporada. Ele me fez abandonar a série na 8ª temporada (mas vi alguns episódios). Quando soube que essa nona temporada seria a última decidi assistir para me despedir dos funcionários divertidos e loucos do escritório.

Para fazer sentido o estilo mocumentary da série, decidiram que depois de 9 anos o documentário ia ao ar. Na metade da temporada começaram a mostrar pequenos anúncios dentro da série e no penúltimo episódio o documentário foi ao ar com todos do escritório assistindo num bar. O útlimo episódio foi o que aconteceu um ano depois do documentário ir ao ar.

E essa última temporada teve episódios ótimos, mas os melhores de todos foram os últimos 3, especialmente porque o Dwight finalmente conseguiu o que sempre quis: ser o regional manager! O Dwight foi o melhor personagem dessa série, o mais constante e o que teve um amadurecimento sutil e importante. Sem contar que o Primo Mose quando aparecia era sempre uma alegria. No fim casou com a Angela, e ele se mostrou um ótimo gerente do escritório (com as devidas esquisitices). Sentirei saudades, bears, beets, battlestar galactica.

Jim e Pam sempre foram um dos meus casais favoritos na tv, mas nessa última temporada me decepcionei um pouco com a Pam. Nos últimos episódios dessa temporada ela foi mesquinha e meio que exigiu do Jim que ele abandonasse a nova carreira para ficar com ela em Scranton. O Jim é um fofo e mesmo crescendo no novo trabalho, gostando, fazendo mais dinheiro, ele disse para Pam que ela era a coisa mais importante na vida dele e que ele faria qualquer coisa por ela. Nunca pensei que fosse ter raiva da Pam, mas foi o que aconteceu nessa reta final, ainda mais depois que me lembrei de todas as outras temporadas e como ela sempre foi um pouco covarde em relação ao Jim.

No penúltimo episódio o Jim fez um video com todos os melhores momentos dos dois para mostrar o quanto ela era importante. Lindo, né? Mas no último episódio um ano se passou e o Jim ainda está no escritório. Para o meu alívio, a Pam se redimiu nos 45 do segundo tempo e resolveu se mudar de Scranton para que o Jim fosse trabalhar no emprego que ele queria. Ufa! E ela ainda disse que não conseguiu assistir mais do que alguns poucos episódios do documentário porque viu o tanto de burrada que fez ao longo dos anos. Bem feito. BUFO!

O resto do escritório fez sua parte, o Creed foi sensacional até o fim, Stanley se aposentou, Toby e Kevin foram despedidos, Oscar vai ser político, Phyllis está treinando um novo Stanley, a Meredith, quem diria, fez um doutorado durante 7 anos; Kelly e Ryan juntos outra vez, Daryl é um homem rico e de sucesso, não me importei muito com os novos funcionários (nem com a Erin) e detestei o Andy até o fim. Sentirei falta das pegadinhas (pranks) do Jim com o Dwight.

O último episódio foi maravilhoso. Dois momentos me arrancaram lágrimas: Jim e Primo Mose unidos para a festa de despedida de solteiro do Dwight (porque eu adoro o Primo Mose e o Jim) e a volta do Michael Scott como padrinho de casamento do Dwight. Best. Prank. Ever.

"I can't believe you came!"
"That's what she said!"



10.5.13

Stand up (2)

Ano passado eu comecei a fazer o stand up mas parei. Esse ano decidi que vou me dedicar até conseguir pegar onda, então voltei as atividades.



Não é fácil remar no mar aqui na frente, venta um bocado, as ondas são muitas dificultando o equilíbrio, mas consigo remar bastante. E o visual é lindo.

Essa semana fui duas vezes e levei minha inseparável camera waterproof para tirar algumas fotos.

verdes mares
pescador
outro remador
terra a vista
no caiaque
outro remador e um nadador escondido
nas ondas
uma gotinha na lente
descansando



E o Nick, que estava andando na areia, conseguiu tirar um foto minha remando e até fez um filminho.




5.5.13

Analisando a música: Love Is Blindness (U2)

O U2 apareceu no início da década de 1980 com o album Boy e mostrando que veio para causar polêmica no front. Irlandeses, de Dublin, bons meninos, foram mostrar seu rock cheio de riffs memoráveis e músicas de protesto.

Já fui mais fã do U2, e depois do How To Dismantle An Atomic Bomb não sei mais o que fizeram. Gosto muito da voz do Bono Vox, mas hoje me cansa um pouco. Teve música do U2 que foi banida do meu iPod, mas já fiz as pazes.

Lembro que meu primeiro disco de vinil da banda foi o Under A Blood Red Sky, um combo dos shows da banda nos EUA dos 3 primeiros albuns (Boy, October e War), só com 8 músicas, que minha mãe trouxe de Londres. Depois vieram os ótimos The Unforgettable Fire (que tenho em fita cassete) e The Joshua Tree (esse tenho em CD). Em 1988 o U2 lançou o Rattle and Hum que rendeu críticas mistas e a banda decidiu que era hora de mudar. Em 1991 o U2 gravou, em Berlim, o Achtung Baby, o meu album preferido da banda, aquele que toca do início ao fim sem uma música para pular. Achtung Baby é diferente de tudo que o U2 tinha feito antes, sai o rock cru de protesto e entra distorções, um pouco de eletrônico, e letras mais intimistas. Foram para Berlim absorver um pouco da loucura da cidade que na época tinha só 2 anos de muro caído e a influência surtiu efeito também no album seguinte o Zooropa.

Achtung Baby é o album que tem a ultra-über conhecida e tocada One, que gosto muito, mas não é a minha favorita no album. Ok, eu conto. A música que gosto mais nesse album é So Cruel (seguida de Even Better Than The Real Thing e Mysterious Ways), mas não é essa que vou analisar. O Jack White gravou uma versão de Love Is Blindness para o 20º aniversário do Achtung Baby que foi incluída na trilha do Great Gatsby do Baz Lurhman (que vai ser lançado em junho) e me fez lembrar dessa música que estava um pouco esquecida no meu iPod.

Love Is Blindness é sobre o mesmo assunto de, pelo menos, 80% das músicas (estatística minha): dor de cotovelo, fim de relacionamento, traição e amor sofrido. (O pessoal da teoria da conspiração acha que essa música é sobre terrorismo e bombas na Irlanda do Norte. Outra facção de palpiteiros acha que é sobre o suicídio, e sempre tem os defensores de 'tudo é sobre drogas'.) Pelo que consta nos autos, o The Edge estava passando pelo fim do casamento quando o U2 gravou Achtung Baby, daí algumas músicas no album que refletem essa fase (So Cruel, Ultraviolet e, claro, Love Is Blindness).

Essa música é a última no album e vem como um tapa na cara. É tensa, densa, introspectiva, e quando termina você só quer se enrolar no cobertor em posição fetal. Fica a dica.

Love is blindness
I don't want to see
Won't you wrap the night
Around me
Take my heart
Love is blindness

O amor não é só cego, é cegueira. É veneração, perturbação, loucura. De enterrar a cabeça na areia e entregar o coração.

In a parked car
In a crowded street
You see your love
Made complete
Thread is ripping
The knot is slipping
Love is blindness

Aqui acho que é o momento que a traição ocorre, num carro estacionado, numa rua cheia de gente, linhas rasgando e laços sendo desfeitos, ele olhou mas não viu, prefere a cegueira. Os laços podem ser da roupa de fato sendo rasgada (ui ui ui) ou o vínculo que os ainda mantém juntos.

Love is clockworks
And cold steel
Fingers to numb o feel
Squeeze the handle
Blow out the candle
Love is blindness

É muita desilusão dizer que o amor é automático e mecânico como um relógio e aço frio. Os dedos entorpecidos que nada sentem. "Squeeze the handle, blow out the candle" é sobre o perecimento do amor, puxa o gatilho e assopra a vela que o fim chegou. É fanatismo.

Love is blindness
I don't want to see
Won't you wrap the night
Around me
Oh my love
Love is blindness

O amor é um tiro no escuro, incontrolável, imprevisível. É perder a soberania sobre si mesmo.

A little death
Without mourning
No call
And no warning
Baby, a dangerous idea
That almost makes sense

A dualidade do amor. Não te amo mais, mas ainda te quero. O amor chega ao fim, mas ainda merece um pouco mais. "Little death" é um eufemismo para orgasmo, ou seja, essa idéia perigosa que quase faz sentido é um sexo fim de relacionamento (quem nunca?) sem arrependimentos, sem aviso.

Love is drowning
In a deep well
All the secrets
And no one to tell
Take the money
Honey
Blindness

E finalmente o amor se afoga num poço profundo. Não tem volta. Desabou. Segredos perdidos. Pode levar o dinheiro, querida, pode levar tudo. Insensatez.

Love is blindness
I don't want to see
Won't you wrap the night
Around me
Oh my love
Blindness

Uma última vez o refrão melancólico. Não tem final feliz, é para sofrer. Aperta forte esse travesseiro, eu avisei.

É interessante que o Bono canta essa música sem exageros, não tem gritos, como se fosse uma constatação, deixa a angústia para o solo de guitarra.

Love is Blindness não tem um video oficial, não gosto desse mas, sem ser ao vivo, foi o que achei.




A versão do Jack White é tem uma bateria inicial mais dramática, uma guitarra mais suja e é mais enfático na letra (que foi uma ótima escolha para a história do Gatsby), mas Bono cantando ao vivo na tour Zoo Tv com um solo de guitarra sentido do the Edge é essencial.


3.5.13

Homem de Ferro 3

Caro Tony Stark,

Você é um cara legal, divertido, criativo, inteligente, aliás, nas suas palavras, "gênio, bilionário, playboy e filantropo". Finalmente se juntou com a Pepper, largou os bons drinks, deixou de ser festeiro para se dedicar a uma vida tranquila aperfeiçoando seus brinquedos de guerra. Os eventos que aconteceram em NY no episódio que você ajudou seus camaradas dos Vingadores deixaram alguns traumas, porque né, ninguém fica amigo do Thor impunemente. Aliens!

Acontece que nos seus dias de playboy você deixou algumas pessoas com raivinha, sede de vingança, e esse pessoal voltou para animar a festa. E não brincam em serviço. Primeiro a cientista que consegue regenerar plantas (e pessoas) e depois um megalomaníaco terrorista barra pesada tipo o Mandarim. O Mandarim conseguiu até que o presidente americano burlasse a regra número um: não negociar com terroristas.

Dito isso, por que raios (ou lasers) você foi dar o endereço, com CEP, da sua casa maravilhosa para esse homem?? Tudo bem que não deve ser difícil te encontrar na lista telefônica, afinal você não esconde nada de ninguém, mas chamar o cara para uma visitinha??? Olha, a culpa da destruição da casa é toda sua. Não tem coelho gigante de pelúcia que resolva.

Claro que as vezes que vi o trailer do filme já me preparavam para esse momento trágico, mas foi pior. Não sobrou nada. Não me conformo. #chatiada

Não quero nem falar do seu novo e divertido amigo mirim, nem do resgate incrível do pessoal que saiu pela porta do Air Force One, nem do Cel Rhodes e seu Iron Patriot, nem de pessoas que cospem fogo, nem do Guy Pearce e Ben Kingsley (ótimos, por sinal), nem da falta de música heavy metal, nem do fato que fiquei com a sensação de estar vendo um filme de natal fora de época.

Sei que você é o Iron Man, blá, blá, blá, e tem doletas o suficiente para construir uma casa nova, inclusive melhor, mas até lá estou suspendendo minha vontade de querer ser sua amiga (interesseira?). Pode ficar com o Bruce Banner.



P.S. A Tia Helô diria 361 "Ai, Jesus!" para a pirotecnia do Iron Man, e acho que ela gostaria mais da versão tailandesa